A reforma política | O Democrata

Ao se aproximar a época das próximas eleições, diversos temas surgem para serem debatidos outra vez, o que causa algum desconforto nos eleitores, uma vez que ninguém aguenta mais discutir os mesmos assuntos que por décadas não tem solução.

Um deles é a famosa reforma política, que foi mencionada pelo ministro Luis Roberto Barroso em um evento na cidade de Vitória. Barroso defende a tomada de medidas com a maior urgência possível, uma vez que as coisas não podem continuar como estão.

Essa urgência mencionada, já vem sendo citada há décadas, sendo que muito pouco foi feito nesse decorrer de tempo, isso porque, o assunto envolve muitos debates e polêmicas, e implica na modificação de inúmeros pontos na política brasileira, desagradando a muitos que vêem nisso uma ameaça à sua sobrevivência no meio.

A ideia seria corrigir falhas, desigualdades ou distorções promovidas ao longo do tempo, bem como o combate a diversos problemas no meio político, entre eles a infindável corrupção. Como é difícil prever para qual lado caminhará essa possível reforma, que depende daqueles que hoje estão no poder, e que certamente não farão algo que lhes dificulte a vida, se eleva o temor de que a democracia possa ser reduzida, bem como a participação da população no processo eleitoral. É preocupante também o problema da soberania nacional, tão fragilizada devido às ações dos governos da bandeira vermelha que desviaram verbas absurdas para países simpatizantes à sua causa, “esquecendo-se” das nossas próprias necessidades.

Temas conflitantes como financiamento de campanhas, coligações partidárias, proporcionalidade de votos, voto distrital e voto em lista, e o fim do voto secreto, já foram amplamente discutidos, sem que nada de definitivo fosse acertado entre os políticos. As dificuldades em decidir ocorrem, porque tudo que é feito, não tem por objetivo melhorar o sistema no país, mas sim, viabilizar os ganhos de diversas espécies dos que estão no circuito do poder. É um jogo de interesses.

Muitos “incham o peito” e vem a público exigir reformas urgentes, como o fez o ministro, mas nenhum deles se atreve a falar das urnas eletrônicas, assunto esse que me parecer ser tão, ou mais importante, que as malfadadas reformas políticas. As denúncias sobre a segurança desses aparelhos correm o mundo, e nenhum país sério as quer ver em seus territórios, aliás, já foram banidas nos principais lugares do primeiro mundo, que usavam os modelos de última geração. O que dizer do nosso caso, que estamos usando as de primeira geração, totalmente vulneráveis e manipuláveis?

Acho que se vamos fazer alguma reforma, comecemos então pela mais urgente: as urnas eletrônicas. Transparência é tudo.

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