A verdade ocultada pelos falsos relatos | O Democrata

Olavo de Carvalho em uma de suas obras diz que muitas pessoas não dão valor à sua própria inteligência porque nunca a testaram, e apressam-se em prostituí-la à primeira crença que as impressione. Temos aí uma explicação sobre a falta de preparo político da maioria do povo brasileiro: não se atreve a raciocinar. É verdade que ele é assim em decorrência da educação que recebeu, a qual implantou em suas mentes o comodismo de encontrar tudo pronto. Por que pensar se as afirmações sobre as questões já estão prontas e devidamente elucidadas? E, sendo assim, nunca questionam se o que vêem é ou não verdadeiro.

Sabendo dessa fragilidade na maior parte do eleitorado brasileiro, os marqueteiros, a serviço do bem e do mal, “deitam e rolam” em cima dessa condição tão comum no nosso povo, que possui alta taxa de analfabetos e de pessoas com pouco estudo. O resultado disso é o que já sabemos: somos enganados com muita facilidade.

Quando a mente não foi treinada para pensar, e a inteligência tendo sido atrofiada devido à falta de uso, a verdade, mesmo que escancarada, não é percebida, ou compreendida, resultando daí que, facínoras sejam vistos como deuses, e os de conduta irrepreensíveis tidos como imprestáveis.

As propagandas políticas possuem o poder de “endeusar ou demonizar” quem quer que seja, e seus mentores conhecem os segredos para manipular o entendimento humano da forma que quiserem. Exemplo disso foram as declarações dos marqueteiros João Santana e sua mulher Mônica Moura, que, em suas entrevistas, justificaram as quantias cobradas, em função das dificuldades em elevar a imagem de Dilma Rousseff, sua cliente, que, segundo suas palavras, era como “dar vida a um poste”. O trabalho foi tão bom, que Dilma em pouco tempo alcançou a fama. Vejam como a mente humana é passível de manipulação.

É importante lembrar que a propaganda pode ser usada para exaltar ou difamar. Estamos vivendo momentos em que a mentira se institucionalizou, e é temeroso crer em tudo que vemos à primeira vista. Para errarmos o menos possível, precisamos nos ater às evidências, à realidade, e não às imagens e conceitos que nos são fornecidos. A verdade dos fatos deve ser buscada, e não simplesmente aceita devido ao que dizem os formadores de opiniões, os quais, não sabemos a serviço de qual lado estão.

Questionar é abrir os olhos e não se deixar enganar facilmente, colocar a mente para funcionar, e deixar o raciocínio encontrar a verdade dos fatos. O quanto somos enganados devido à impulsividade dos próprios pensamentos.

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