As agressões à Natureza | O Democrata

O homem tira da natureza tudo que precisa para sua sobrevivência, não obstante, não lhe dá o devido respeito, e tal qual acontece na fábula da galinha dos ovos de ouro, destrói de forma insensata aquilo que é a fonte de toda sua riqueza.

Em nome do desenvolvimento, em suas mais variadas concepções, o homem vem destruindo o mundo em que vive não se dando conta de que está tirando a terra debaixo de seus pés, e que sua conduta o levará inevitavelmente à sua própria queda.

Nosso planeta é composto por diversos elementos, e todos são interligados e harmônicos entre si, e quando um deles sofre interferência, seja pela extração desmedida, ou pela alteração de suas condições, o conjunto todo se abala, e ele acabará por passar pelas acomodações necessárias para restabelecer o equilíbrio. São as chamadas “respostas às ações do homem”, que em sua fúria consumista retira montanhas de minérios do subsolo, cria ou drena lagos de grande porte, altera as condições da água e do ar, destrói as florestas e sua fauna, e gera campos energéticos imensuráveis com os aparelhos que constrói, e, apesar de tudo, se escandaliza e se condói com os reveses que vem em forma de destruição, que nada mais são que manifestações naturais, cujas leis ele ainda não compreendeu.

A natureza sempre passou por constantes transformações, com diversas eras geológicas, comprovado pelos estudos, os quais também analisam a atualidade, e apontam para os muitos acontecimentos fora dos padrões anteriores, sugerindo que essas mudanças são em decorrência da ação do homem. Temos assim, como exemplo, o excesso de chuvas, terremotos, ventos fortes, picos desordenados de temperatura, o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar, e a diminuição da camada de ozônio, entre outras evidências, indicando que a situação não é nada boa…

Nesses dias atípicos, que estamos respirando um ar semelhante ao encontrado nos desertos, cujo índice de umidade é bem abaixo daquele que nos é comum, ficamos sujeitos a muitos transtornos, tais como, boca e olhos secos, sangramento nas mucosas nasais, e mais uma série de incômodos que variam entre as pessoas, indicando que muitas delas não estão preparadas para viver nesse tipo de clima. Os incêndios, criminosos ou não, vem agravando esse quadro que se faz presente também em outras partes do mundo. As chuvas torrenciais que por aqui passaram, e que agora se encontram em países do outro lado do globo, acentuam o quadro emergencial em que se encontra nossa civilização, lembrando que, com o solo lavado pela enorme quantidade de água, e com seu empobrecimento agravado pelo fogo, a desertificação poderá vir a ocorrer em grandes áreas cultiváveis, concretizando assim uma catástrofe já anunciada, que trará muitos problemas sociais.

O aquecimento do planeta é um fato concreto, e são cada vez mais evidentes os sinais de que estamos à beira de um caos climático, bem como do esgotamento de alguns recursos naturais. Suas causas já foram exaustivamente discutidas, e vemos respeitáveis catedráticos defenderem suas teses, algumas contra, outras a favor, das atuais atividades humanas e suas conseqüências ao meio-ambiente, porém, a realidade imediata prova que o consumo sustentável há que ser adotado por todos, pois, se não forem tomadas medidas que possam conter o avanço desse quadro, com certeza ele nos será fatal.

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