A vida adverte: aprender faz bem para a saúde | Cultura


Sim, amigos. Eu sou fã do povo da terceira, da quarta e de todas as idades que de alguma forma constroem uma realidade melhor. Você conhece a UNATI? Se não conhece não sabe o que esta perdendo. É a Universidade Aberta para a Terceira Idade de São Roque. Este projeto acontece na FATEC e é uma realização do Bem Estar Social. Na última terça-feira, dia 8, eu vi de perto uma parte do trabalho deste povo. Foi o encerramento do módulo “tradições e cultura” com uma super exposição de trabalhos realizados pelos alunos do projeto.

Quem foi lá pode ver que esta “garotada” estudou sobre os diferentes tipos de música que existem, fizeram pesquisa culinária, origem de diferentes etnias, entre outros assuntos. Na 1ª Festa Cultural ”Tradições e saberes populares” estavam expostos artesanatos, brinquedos construídos na aula e objetos antigos. Teve dança, música e muito mais. Segundo o IBGE serão quase 30 milhões de idoso no Brasil em 2041, por isso a importância da educação na Terceira Idade.

Além disso, os idosos possuem o direito à educação, previsto no capítulo V, artigos 20 a 25, do Estatuto do Idoso (lei no 10741/2003) e um dos objetivos é a inserção e integração do idoso, pois é uma idade marcada por conflitos cognitivos, exclusão social e familiar. Não é de hoje que a educação, seja no Brasil ou em qualquer outro país, é um quesito de extrema importância para a formação de um cidadão coeso. Se antes o objetivo central era acabar com o baixo índice de alfabetização entre os adultos, agora o centro das atenções é garantir que esses novos cidadãos alfabetizados tenham uma formação especializada em suas áreas de atuação a partir da intervenção de professores universitários. Voltar à vida acadêmica parecia um sonho. Hoje é uma feliz realidade.

E quem aprende mais nesta história? Alunos ou professores? As duas partes. Todos estão construindo um conhecimento diferenciado e que nas palavras dos envolvidos jamais será esquecido. Ou seja, o idoso não vive no passado. Nossa moçada está com um pé no presente e outro no futuro. E acreditem ou não as pernas nem tremem neste exercício todo. Afinal, o equilíbrio está na mente inovadora deste povo.

Rogério Alves – maestro e produtor cultural

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