Eita lelê! Realmente o tempo passa tão depressa que a gente nem percebe. Acreditem ou não eu estava neste dia da foto que ilustra a coluna. Sem piadinhas, por favor! (risos). Não sou tão jurássico assim. Voltando a nossa história, foi no dia 1º de Maio de 1987 que o prefeito de São Roque Mário Luiz Campos de Oliveira fez uma festa para comemorar a aquisição do que hoje chamamos de CEC Brasital.
A aquisição demandou uma grande negociação entre o município e o Estado, que na época tinha como governador Franco Montoro. A antiga fábrica de tecidos, fechada desde os anos 70, começava a dar espaço para a fabricação de sonhos. Até o evento da entrega do centro cultural foi lúdica e cheia de recordações. Ao ouvir o apito original da fábrica tocar pontualmente às 9h, os ex-funcionários da antiga fábrica adentraram os portões. Era incrível ver nos olhos das pessoas a emoção de reviver uma história que parecia estar esquecida.
Depois disso a fábrica de sonhos já produziu o extinto (infelizmente) PROFIC – Programa de Formação de Crianças, espetáculos como o Auto de Páscoa que durou 13 anos, oficinas de arte com música, teatro, dança e artes plásticas que atendiam em média mil alunos por ano. Foi palco da mudança da atual localização da Biblioteca Municipal Arthur Riedel, que na época tinha uma extensa agenda cultural com contação de histórias, teatro infantil, exposições em parceria com a secretaria do estado de São Paulo.
Como não lembrar da Banda Marcial de São Roque que tão bem representou nossa cidade em concursos e apresentações que realizou, ou de espetáculos como o Balé Cisne Negro? Tenho o orgulho de ter participado de muitas destas iniciativas como educador ou como o criador de projetos que perduraram por anos graças ao esforço de muitos operários da arte que foram convocados para levantar o sonho idealizado pelo prefeito Mario Luiz que não por acaso nos convocou no dia do trabalho para este labor.
“…levantamos muitos tijolos, mas há dias que não temos cimento. E o grande barato é que nós artistas, sempre acreditamos que os tijolos ficarão de pé sempre, ou seja, não precisamos de cimento…”
Rogério Alves – Maestro e produtor Cultural
