“Que beijo doce” | Cultura

Nos “idos” anos 60, São Roque tinha uma grande gama de produção artística. Grupos de teatro, corais, músicos instrumentistas, cantores e até cinema. Foi nessa época que uma voz ecoou nos teatros, musicais e na Rádio Cacique com seus programas de auditório. Romilda Garcia, a “Ângela Maria de São Roque”, como era conhecida, encantava a todos com seus agudos e voz aveludada. Moça vaidosa, mesmo sendo de família simples e pobre, fazia questão de criar e costurar seus próprios vestidos que exaltavam sua cinturinha de pilão.

A família tinha outros artistas como o pai Brasilino Garcia que foi cantor do Jazz Conti e do São Paulo Clube e seu irmão Adauto Garcia, hoje um grande cantor evangélico, mas que na época cantava e encantava em várias cidades. Sucessos como “Ave Maria”, de Herivelto Martins, “Beijinho Doce” de João Alves dos Santos, o popular Nhô Pai e “Negue” de Adelino Moreira eram os “hits” da cantora. O auge do seu sucesso foi a participação no longa “Balas Encravadas”, filme produzido por artistas são-roquenses em que Romilda atuava como cantora de um Saloon do Velho Oeste. Mas o amor falou mais alto. Romilda abandonou sua carreira para dedicar-se a formação de uma grande e bela família.

Hoje é esposa, mãe e avó. Mora na cidade de São Vicente/SP onde, entre outras atividades, cuida da sua espiritualidade pensando em ser cada vez mais um ser humano melhor. Talvez o que ela não saiba é que ela fez parte de uma primeira safra da sua família onde muitos frutos artísticos surgiram. Entre muitas coisas da vida ser uma árvore que deu bons frutos deve ser motivo de orgulho. Afinal, como diz o ditado, o fruto nunca cai longe do pé. Então, que seja sempre um bom fruto.

Rogério Alves – maestro e produtor cultural

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