Eliminando a concorrência | O Democrata


Júlio César foi um dos políticos mais importantes que estiveram à frente do Império Romano, sendo considerado por muitos historiadores e estudiosos “um dos maiores da história como comandante militar”. Foi traído pelos senadores, que o assassinaram a facadas, estando entre eles seu filho adotivo, que por ele foi reconhecido, e surpreso exclamou: até tu Brutus? A frase é célebre e já foi utilizada em muitos momentos, seja no cinema, teatro e em miríades de situações.

O atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro traz de volta esse episódio histórico, que, guardada as devidas proporções, nos mostra a dura realidade a qual homens públicos em momentos de grandes transformações sócio-políticas, ficam expostos. Aqueles que detêm o poder, e se recusam a dele ser despojado, tentarão de todas as formas se manterem na mesma posição que ocupam por décadas, mesmo que para isso precisem lançar mão de técnicas pouco convencionais.

As denúncias são muitas. Algumas são verdadeiras, mas outras não, pertencentes ao grupo das notícias mentirosas. Sendo assim, muitas perguntas ficam sem respostas, e se transformam em assuntos velados, sobre os quais a justiça nada sabe, ou se sabe, fica bem quieta. Entre elas estão casos escabrosos, como o do prefeito Celso Daniel, cuja morte nunca foi elucidada, embora muita gente graduada afirme que foi uma “queima de arquivo”, ou do Eduardo Campos, cujo acidente de avião ficou mal contada, pois embora a aeronave estivesse em perfeitas condições de funcionamento, e os pilotos altamente qualificados, o acidente inexplicável aconteceu. Dizem na “boca pequena”, que o piloto foi envenenado, mas o assunto foi dado como encerrado. Há também a morte de Teori Zavascki – ministro duro e altamente competente – que fazia a diferença entre seus colegas de toga, e estava num momento de grande importância em seu trabalho, cuja atuação culminaria na prisão de grandes figuras da política e da sociedade.

Fica difícil saber o que é verdade e o que é mentira, nesse cenário conturbado no qual a política é seu principal elemento. A caravana de Lula foi realmente atacada por tiros, ou foi tudo uma encenação para torná-lo vítima de seus oponentes? Lula se diz vítima de uma situação criada por seus adversários, mas quem realmente se tornou vítima foi o presidenciável Jair Bolsonaro que levou uma facada. Há quem diga que foi tudo combinado, mas quem de são consciência autorizaria alguém a lhe enfiar uma faca nas entranhas, sem saber que dano a mesma lhe causaria – talvez a própria morte?

Estamos vivendo uma época estapafúrdia, como nunca ocorrida no Brasil. Precisamos mais do que nunca, aprimorarmos nosso senso de realidade para não nos deixarmos levar pelas manobras articuladas que moldam as opiniões públicas.

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