Família divulga entrevista inédita de Schumacher antes de seu acidente | Esporte


Na manhã desta quarta-feira (21), a família do piloto alemão Michael Schumacher divulgou uma entrevista inédita no site oficial do heptacampeão da Fórmula 1, gravada em outubro de 2013, dois meses antes do seu grave acidente em na estação de esqui de Méribel, na França, em dezembro daquele ano.

A entrevista, gravada no dia 30 de outubro de 2013, conta com dez perguntas, que são respondidas por Schumacher em vídeos curtos. A ideia da família foi prestar uma homenagem ao ex-piloto, que completará 50 anos no dia 3 de janeiro de 2019. Humilde, então com 91 vitórias e sete títulos mundiais, Schumacher disse: “Não sou muito bom”.

Desde o acidente sofrido, pouca coisa se sabe sobre a recuperação e o estado de saúde de Michael Schumacher, que vive recluso com a sua família na Suíça. Somente familiares e amigos próximos têm contato com ele e quase nada é divulgado para a imprensa e aos fãs do automobilismo. Recenteme, há duas semanas, a esposa de Michael Schumacher, Corinna, falou sobre o marido em uma carta enviada ao cantor alemão Sascha Herchebach, dizendo que não desistirá de sua recuperação.

Veja a íntegra da entrevista inédita de Schumacher em outubro de 2013, divulgada nesta quarta (21):

Qual foi o título que mais te emocionou: o primeiro, em 1994, ou o primeiro com a Ferrari, em 2000?

O campeonato mais emocionante foi, sem dúvida, o de Suzuka, em 2000, com a Ferrari. Depois de 21 anos sem o Campeonato Mundial e quatro anos sem eu conseguir vencer, finalmente ganhamos a corrida, que foi excepcional, e vencemos o grande campeonato.

Em 20 anos na Fórmula 1, qual rival você mais respeitou?

O cara que eu mais respeitei nesses anos foi Mika Häkkinen pelas grandes batalhas e por um relacionamento privado, muito estável.

Quanto a Fórmula 1 exige psicologicamente?

A Fórmula 1 é muito difícil. Foi muito mais difícil no passado em comparação com os dias de hoje, sem os freios de potência e sem a direção hidráulica. É um dos esportes mais difíceis. É preciso muita preparação.

Você teve um ídolo na Fórmula 1 quando criança?

Na minha época de kart, quando eu era criança, vi Ayrton Senna e Vincenzo Sospiri, que eu admirava muito porque ele era um bom piloto. Mas meu verdadeiro ídolo era Toni Schumacher (goleiro da Alemanha na Copa do Mundo de 1982 e 1986) porque ele era um grande jogador de futebol.

Você já pensou que iria conseguir tantos recordes ou duvidava de suas habilidades?

Os recordes são uma coisa. As dúvidas, eu acho que são muito importantes para não se ter muita confiança, para ser cético, buscar melhorias e dar o próximo passo. Eu sempre pensei: “Eu não sou muito bom, tenho que trabalhar mais”. Acredito que esta é uma das receitas para me tornar no que eu me tornei.

Você sempre disse que o sucesso é o resultado de um esforço de equipe, mas não é a Fórmula 1 o ato de uma única pessoa?

Sucesso em qualquer situação da vida, pelo menos o que eu sei, tem a ver com trabalho em equipe. Você faz o que faz, mas com um time você será mais forte. E, no caso da Fórmula 1, é um trabalho de equipe.

Você liderou as equipes da Benetton e da Ferrari em seus títulos mundiais, e você ajudou a moldar a liderança da Mercedes. Alguns desses períodos são comparáveis ​​de alguma forma?

Se você voltar e olhar para as equipes pelas quais eu competia, como Benetton, onde ganhamos o campeonato depois de 4 ou 5 anos, o mesmo com a Ferrari, e depois experimentamos a Mercedes, embora em menos tempo houvesse algo em comum: Ross Brawn (engenheiro de automobilismo).

Como parte de seus persistentes esforços para melhorar, você analisou outros pilotos ou apenas os melhores?

Para se desenvolver e dar um passo à frente, você não precisa apenas olhar para o carro, tem que olhar para si mesmo, para outros pilotos, e não apenas para os que estão à sua frente. Temos que olhar para todos, assim como eu fiz, porque todo mundo tem algo especial que eu quero conhecer.

Você sempre disse que o kart é o melhor local de treinamento para qualquer tipo de competição. Por quê?

O kart é uma bom laboratório para o futuro no automobilismo. Te dá muitas facilidades e ferramentas para desenvolver. E a luta de roda a roda é uma boa experiência de aprendizagem.

É impossível alcançar o pódio sozinho?

Talento é muito importante no automobilismo, como em qualquer outro esporte, mas é algo que você deve desenvolver. O kart é uma boa base para mostrar o seu talento, mas também para encontrar outras habilidades que você precisa para ser um piloto de corridas.

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