A Companhia Brasileira de Alumino, CBA, anunciou investimentos de R$ 300 milhões no projeto de processamento a seco de resíduos de produção na usina de Alumínio. A empresa prevê a compra de três filtros-prensa que retiram até 75% da água utilizada no beneficiamento da bauxita para produzir a alumina.
O resíduo que atualmente fica armazenado na Barragem de Palmital às margens da cidade, onde a CBA armazena a lama gerada pelo processo atual que consegue retirar somente 45% da água, será usado na produção de cimento e de calcário fertilizante. O projeto tem início neste ano e a expectativa é que em 2020 já esteja em operação.
“Quando começamos os testes, vimos que poderíamos utilizar todo o resíduo gerado na produção. Com isso, vimos que poderemos utilizar bem menos o minério para a produção de alumina”, afirmou o gerente de tecnologia da CBA, Roberto Seno, ao jornal Valor Econômico.
A meta é conseguir secar a barragem até 2020 e, posteriormente, concluir o plano de descomissionamento em 2040. O resíduo sólido que surgirá da filtragem da barragem poderá ser usado como fertilizante, pois possui grande quantidade de calcário. “Estamos em processo de conseguir a licença junto ao Ministério da Agricultura para comercializar esse fertilizante” – afirmou Seno que ainda ressaltou o fato dessas iniciativas fazerem parte do plano da CBA em estruturar uma nova área de negócios dentro da empresa.