Já em finais de 2009, noticiávamos que a França tinha intenção de proibir os telemóveis nas escolas primárias, temendo riscos para a saúde.

Volvidos quase 9 anos, a medida tornou-se mais complexa e elaborada e, agora, o país de Emmanuel Macron quer proibir o uso de telemóvel até no ensino secundário… mesmo nos intervalos.

Hoje em dia, entrando numa qualquer escola do nosso país, podemos ver que o telemóvel passou a ser um acessório quase tão indispensável, aos alunos, como a mochila, o estojo, os cadernos… enfim, o material dito escolar.

Vemos praticamente todas as crianças, algumas ainda bem pequenas, com os seus smartphones, muitos até demasiado caros e complexos, na minha opinião, para idades tão tenras.

No nosso país isso é possível ver mas, em França essa será uma realidade que, em breve, deixará de existir.

Telemóveis? Nem nos intervalos…

A medida está criada e será implementada somente no próximo ano letivo, a partir de setembro de 2018, abrangendo escolas e alunos do ensino primário, básico e secundário. Basicamente serão afetados os alunos desde o 1º até ao 12º ano, ou seja, crianças dos 6 até aos 18 anos.

A ideia não é proibir que levem o telemóvel para a escola… apenas não podem usá-lo… o que, pensando bem, se calhar sendo assim também não fará muito sentido levá-lo.

A medida foi anunciada esta segunda-feira, dia 11 de dezembro, pelo Ministro da Educação de França, Jean-Michel Blanquer, porém, segundo novas declarações, esta medida visa ainda alargar-se também à utilização de portáteis na escola.

Em entrevista à RTL radio, Jean-Michel Blanquer afirmou que:

“Às vezes precisamos do telemóvel por razões educativas, para situações urgentes, mas a utilização tem de ser de alguma forma controlada. É bom que as crianças não estejam frequentemente à frente de ecrãs antes dos sete anos”.

Blanquer defende ainda que esta medida deve ser vista como uma mensagem de saúde pública para as famílias.

Apesar de ainda não se conhecer, em concreto, como será aplicada esta medida, é natural que já esteja a assustar os alunos mais viciados pois, apesar de poderem levar os smartphones para a escola, só os poderão usar assim que saiam da mesma.

No entanto, esta proibição estava já prevista no programa eleitoral de Emmanuel Macron, e algumas escolas já começaram mesmo a implementá-la.