O desmatamento e a conivência do governo | O Democrata

Há muitos anos que vemos manchetes sobre o desmatamento no Brasil, sem que nenhuma medida eficaz seja tomada. Os números são desesperadores, e parece que não existe forma de conter essa devastação, uma vez que no Brasil, as leis sobre o setor pertinente à vegetação são muito inadequadas. Elas foram feitas para protegerem os magnatas que exploram o meio ambiente, dando-lhes todas as condições necessárias para se moverem entre os artigos da constituição.

Como pode, uma área localizada em importante manancial, ser aprovada pelos vereadores para ser destinada a receber um lixão? Ou, uma área com diversas nascentes, ser liberada para a construção de uma fábrica? Há também diversos casos de matas atlânticas derrubadas para a implantação de condomínios de luxo, onde o dinheiro está acima da preservação da natureza para nossos descendentes.

O imediatismo torna as pessoas cegas e destituídas de qualquer valor mais nobre que as faça ponderar sobre seus atos. “Que se danem as gerações futuras que poderiam admirar esse bosque – não vou estar vivo mesmo”. Para essas pessoas, o que importa é o aqui e agora, com dinheiro no bolso e poder para “fazer acontecer”. Assim o fazem a maioria dos madeireiros e empresários com interesses afins: liberam a força dos machados, para devastar áreas de grande importância para o equilíbrio da natureza. Investidores de produtos decorrentes dessa agressão sistemática são os maiores incentivadores desses crimes ambientais, e é deles que vem o dinheiro para a degradação progressiva do nosso país.

Os índices de desmatamento divulgados na mídia estão aquém da verdade, e mesmo assim, são aviltantes, e nos condena a assistir impassíveis à prática do crime, e à ingerência dos governantes, sócios dos bandidos ambientais. Os principais órgãos internacionais ligados ao assunto denunciam o Brasil por estar longe de cumprir o Acordo de Paris, isso porque, o governo está fazendo concessões criminosas aos proprietários de terra, facilitando o aumento progressivo do desmatamento. Citam o novo Código Florestal, aprovado por Dilma, e implantado por Temer, como o ponto de partida para a expansão de mais desmatamentos.

Existem leis para coibir a derrubada incontrolável das árvores, mas elas não são aplicadas, devido aos constantes “ajustes” praticados pelos políticos em defesa dos madeireiros e pessoas afins. O governo por sua vez, como sempre, nada faz. É conivente com a situação e lucra politicamente com ela. Se houvessem leis duras, nosso território com certeza estaria mais preservado.

Algumas florestas estão atingindo o nível perigoso da estagnação, que não permitirá mais suas recuperações. Se algo realmente sério não for feito, nossos descendentes só conhecerão a Amazônia pelos compêndios e filmes da época.

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