Ataques com explosivos a bancos e caixas eletrônicos crescem 72% no estado de SP | Policial

O número de casos de ataques a agências bancárias e a caixas eletrônicos com explosivos aumentou 72% no estado de São Paulo no primeiro bimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. O número de boletins de ocorrência passou de 18 para 31.

Os dados do Centro Integrado de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (CIISP) foram obtidos com exclusividade pela GloboNews, por meio da Lei de Acesso à Informação.

Já os furtos e roubos a agências e aos caixas – incluindo explosivos, maçaricos ou o uso de outros tipos de armas, por exemplo – passaram de 76 no primeiro bimestre do ano passado para 84 nos primeiros dois meses de 2018, uma alta de 10,5%.

Os números mostram como esse tipo é cometido no estado. Dos 84 casos registrados neste ano, 84% dos crimes ocorreram em agências bancárias, 67% dos casos ocorreram no interior paulista, 50% se deram entre a meia-noite e as 6 horas da manhã e 50% dos casos envolveram ataques exclusivamente a caixas eletrônicos.

Os dados do Centro Integrado de Inteligência fazem parte de uma base de dados criada em 2015, que permite um acompanhamento diário de indicadores criminais por autoridades da Segurança Pública em São Paulo. Eles não fazem parte das estatísticas criminais divulgadas mensalmente pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo.

Segundo professor Rafael Alcadipani, especialista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as agências acabam sendo maior alvo no interior devido à maior falta de policiamento e de capacidade investigativa da polícia. “O criminoso sempre vai buscar uma oportunidade, se ele percebe que, em uma cidade pequena, os policiais não conseguem pegar as quadrilhas, eles vão atuar naquele local”, diz.

“Este tipo de ataque preocupa muito, significa que o Brasil não está conseguindo controlar seus explosivos”, salienta o especialista.

 Prisões

Em nota, a Secretaria da Segurança informou que, em 2017, 62 suspeitos foram presos por envolvimento nestes crimes, sendo que a entidade também “liderou a discussão sobre o combate a este tipo de crime com outras instituições como a Febraban, o Exército e a União”. “Dentre as medidas, há a decisão do Exército de obrigar as empresas a terem escolta privada para evitar o extravio de dinamite e o mapeamento georreferenciado dos caixas eletrônicos para dar maior eficiência ao policiamento”, informou a pasta.

O Exército informou que em relação que questões sobre crimes devem ser feitas às secretarias de Segurança e que atua na fiscalização e controle dos explosivos transportados.

 Furtos e roubos a bancos e a caixas eletrônicos no Estado de São Paulo:
  • 1º bimestre de 2015: 145
  • 1º bimestre de 2016: 80
  • 1º bimestre de 2017: 76
  • 1º bimestre de 2018: 84

Ataques a bancos e a caixas eletrônicos realizados com explosivos:

  • 1º bimestre de 2015: 59
  • 1º bimestre de 2016: 25
  • 1º bimestre de 2017: 18
  • 1º bimestre de 2018: 31

Raio-X dos ataques a bancos ocorridos no 1º bimestre de 2018:

  • 84% dos crimes ocorreram em agências bancárias
  • 67% dos casos ocorreram no interior paulista
  • 50% dos casos ocorreram entre a meia-noite e as 6 horas da manhã
  • 50% dos casos envolveram ataques a caixas eletrônicos

Febraban se diz preocupada com segurança

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que “se mantém constantemente preocupados com a segurança de clientes e funcionários” e que houve “um investimento de R$ 9 bilhões ao ano, o triplo do que era gasto dez anos atrás, e cooperação intensa com as autoridades encarregadas da segurança pública”.

Segundo a Febraban, há um esforço para minimizar estes ataques, atuando “em estreita parceria com governos, polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário no combate à criminalidade, propondo novos padrões de proteção” que levou a “expressiva redução dos assaltos a bancos” em 2017, segundo pesquisa feita pela entidade com 17 instituições.

Com relação às explosões, a entidade disse que “vêm acompanhando os ataques a caixas eletrônicos com extrema preocupação e entendem que o combate desse tipo de crime exige um conjunto de ações investigativas no âmbito da segurança pública, com as quais o setor está comprometido em dar sua contribuição”.

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