Na tarde desta Terça-Feira, 12, o jardineiro João Lima dos Santos Filho, que era acusado de ter matado a jovem Thifanny Lina Shigio, em 18 de março de 2017, foi condenado a 14 anos de prisão, em informação exclusiva obtida pelo Jornal Cotia Agora. O julgamento ocorreu no Fórum de Vargem Grande Paulista.
No dia 19 de maio de 2017 o assassino teve a prisão preventiva decretada pela juíza Mariah Marchetti, baseada no relatório da polícia com provas colhidas, todos depoimentos das pessoas ouvidas e os do suspeito. A Juíza despachou que, conforme o relatório, ele sendo solto seria prejudicial ao processo e poderia fugir.
Entenda o caso
Thifanny, de 17 anos, foi morta na manhã de um sábado, 18 de março de 2017, por volta das 10 da manhã. Ela havia passado a noite na casa de uma amiga na região do Tijuco Preto. Foi embora para a casa de ônibus com amigas e desceu do coletivo em um ponto próximo à Estrada das Pedras, onde morava, no bairro Santa Mônica.
No caminho foi cercada, levada para uma mata e estuprada via anal (conforme laudo da perícia). Dois dias após o sumiço da menina, o pai foi procurar sinais dela, junto com João, que era jardineiro e morador da região da Estrada das Pedras, via que liga a Estrada de Caucaia ao Km 42 da Raposo Tavares, ao lado do Haras Bela Vista.
João, segundo seus próprios depoimentos à polícia, convenceu o pai de Thifanny a procurar próximo à estrada e sugeriu de roçar a mata do entorno. Logo após começar a cortar o mato, ao lado de um córrego, encontrou o corpo da jovem.
De início, João era apenas uma pessoa que ajudou a família em busca do paradeiro de Thifanny, mas, seus depoimentos à polícia e à emissoras de TV, fizeram-no cair em contradição.
À partir daí, passou a ser tratado como suspeito e foi levado à depor algumas vezes na Delegacia de Vargem Grande. A polícia suspeitou e pediu à Justiça a prisão temporária dele em 24 de março de 2017. Ele permaneceu preso em Cotia e em abril a prisão temporária foi prorrogada até 24 de maio.
Baseado nas investigações policiais e provas coletadas, a Juíza pediu a prisão preventiva de João, que aguardou o julgamento em CDPs, mas depois teve a liberdade condicional.