Ibiúna é a cidade com maior risco de estupros, diz relatório | Policial


Um relatório do Instituto Sou da Paz, divulgado em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, revela que Ibiúna é a cidade do interior de São Paulo com maior risco de estupro e está entre as três mais expostas a violência no Estado, ficando atrás apenas de Lorena e Itanhaém. O índice mede o risco nas cidades e permite comparações.

Entre os indicadores, o IECV Dignidade Sexual é o único que piorou no Estado inteiro e em Ibiúna foi ainda pior. Após analisar a dinâmica do crime nas áreas com pior resultado, o Sou da Paz concluiu que o perfil de estupros varia de acordo com a região e, por isso, cada uma demanda políticas de segurança específicas.

Segundo o relatório, as áreas com maior risco de estupro no interior são Ibiúna e Itanhaém. Na capital, o destaque negativo é das regiões da Consolação (4ºDistrito Policial) e Pari (12º DP), ambas no centro.

Ao analisar os boletins de ocorrência registrados no primeiro semestre de 2018, o Sou da Paz constatou que 86% das vítimas em Ibiúna tinham até 15 anos. Em Itanhaém, o índice foi de 60%. Nesses casos, os crimes eram cometidos, na maioria das vezes, por pessoas próximas do círculo pessoal, como parentes, vizinhos ou amigos.

Foi o caso da criança de apenas 8 anos que foi estuprada e morta pelo próprio pai, em 8 de junho deste ano, no bairro do Cupim, zona rural de Ibiúna. O crime chocou o Brasil todo e teve grande repercussão nacional. O acusado permanece preso e aguarda julgamento por homicídio, estupro de vulnerável e incêndio criminoso.

á na capital paulista, o cenário se inverte: 25% das vítimas na Consolação e 27% no Pari faziam parte dessa faixa etária. Também era maior o porcentual de crimes cometidos fora do ambiente doméstico. “Os casos de violência sexual praticados por pessoas que as vítimas não conheciam previamente foram muito mais representativos, chegando a 50% no 4.º DP (Consolação)”, diz o relatório. Na Consolação, um quarto dos estupros aconteceu em vias públicas e outros 42% em espaços privados que não eram residências.

Em nota, a SSP reconhece não existir um padrão nesse tipo de crime, mas diz que “a análise do histórico acrescenta pouca possibilidade no tocante à prevenção pela presença”. Segundo a pasta, 85% dos estupros no Estado ocorrem em locais “fora da competência de atuação preventiva da polícia, sendo 65% no interior de residências”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ibiúna tem o 3º pior IECV de SP

Novamente Ibiúna aparece como a 3ª cidade mais violenta do Estado de São Paulo, segundo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV) do 1º Trimestre de 2018, divulgado pelo Instituto Sou da Paz nesta semana. O município aparece com IECV de 42,6, perdendo apenas para Itanhaém 47,4 e Lorena 53,6. Para se ter uma ideia, as cidades com menores IECV são: São José do Rio Pardo, com 8,1 e Valinhos 8,4, ou seja, Ibiúna tem um índice cinco vezes maior que o dessas cidades, consideradas as mais tranquilas do Estado. Neste estudo, são incluídos outros crimes violentos além do estupro, como homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), roubos entre outros.

O Instituto Sou da Paz desenvolveu o inédito IECV para facilitar uma avaliação multidimensional da violência e da segurança pública no estado de São Paulo, agregando diferentes tendências criminais e permitindo uma comparação das estatísticas entre cidades e distritos policiais ao longo do tempo.

Quanto maior o IECV de um município, maior a exposição aos crimes violentos naquele local. Um IECV de 100 indica que o município/distrito policial teve as taxas mais altas de cada crime desde 2014 entre todos os municípios/distritos da amostra; por sua vez, um município/distrito com IECV geral igual a zero obteve as menores taxas entre todos os municípios/distritos em todos os crimes de 2014 até o mês de referência. Não foram considerados municípios ou distritos policiais com menos de 50 mil habitantes, restando 138 municípios paulistas e 86 DPs da capital.

Ibiúna já havia ficado na 3ª posição neste mesmo índice em 2017.

O relatório completo pode ser acessado através do link: http://www.soudapaz.org/upload/pdf/sdp_analisa_2018_1tri_final.pdf

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