Os três maiores partidos do Brasil (MDB, PT e PSDB) saíram perdendo na eleição para o Congresso Nacional. As legendas verão encolher, em 2019, suas bancadas tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados.
Partidos pequenos e médios, em contrapartida, ganharam terreno. Um dos saltos mais expressivos foi o do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro na Câmara. A legenda teve um deputado eleito em 2014, aumentou a bancada para 8 após as trocas partidárias de 2018 e ontem elegeu 51 nomes. Outros partidos tidos como de direita ou centro, como PRB e PRP, também ganharam terreno. Estreante na disputa, o Novo elegeu 8 pessoas.
“Será um Congresso mais conservador e também mais fisiológico, porque os três grandes tiveram perdas e os partidos médios cresceram”, avalia o cientista Emerson Cervi, da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
No Senado, perderam nas urnas políticos veteranos que eram favoritos em seus estados, como Roberto Requião (MDB-PR), Magno Malta (PR-ES), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Beto Richa (PSDB-PR) e Cristovam Buarque (PPS-DF). Parte deles está às voltas com a Lava Jato e investigações paralelas, grupo que inclui até o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que ficou em terceiro na disputa no Ceará. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) também não se elegeu.
Entre os nomes conhecidos, alguns conseguiram se reeleger – como Renan Calheiros (MDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Jader Barbalho (MDB-PA) – e outros voltaram à Casa, casos de Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM).