O presidente Michel Temer (PMDB) se salvou mais uma vez em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Por 39 a 26, a CCJ, dominada por aliados do presidente, avaliou que não são graves o suficiente as acusações de que Temer atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato e de que ele lidera uma organização criminosa com outros nomes do PSDB. Apesar da vitória do Planalto, a decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário da Câmara, onde também é esperada uma vitória do presidente, que tem intensificado os trabalhos para manter os votos dos deputados, com agenda intensa e distribuição de emendas.
Nesta segunda denúncia contra Temer – a primeira foi arquivada –, o relator foi o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB), que fez relatório favorável ao arquivamento da denúncia. Opositores afirmaram que o relatório favorável de Andrada fez parte de um acerto para também salvar o senador Aécio Neves (PSDB) em votação no Senado na terça-feira, que rejeitou medida do Supremo Tribunal Federal e permitiu que Aécio reassuma funções parlamentares.