Malvista pelos tantos adiamentos no prazo de instalação nos veículos e mudanças de layout, a placa do Mercosul deverá ter mais uma mudança na sua implementação no Brasil.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou ontem que vai propor ao Contran (Conselho Nacional do Trânsito) que o emplacamento seja só para veículos novos. Até agora, casos como perda, furto, roubo ou avaria do item, além da troca do dono ou carro zero, obrigam a instalação da placa do Mercosul.
As críticas à chapa comum para os veículos dos países do bloco – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – motivaram a criação de projeto de decreto legislativo pelo deputado federal Ubiratan Sanderson (PSL-RS).
O parlamentar pede a revogação das resoluções do Contran que tratam do assunto para que a segurança do dispositivo seja melhorada. A placa contém um QR Code que, ao ser lido no celular do fiscal de trânsito, aponta as características do veículo. Para isso, no entanto, é preciso que os policiais tenham smartphones e que haja sinal no local de fiscalização.
A nova placa foi anunciada em 2014 para entrar em vigor dois anos depois, mas acabou adiada para 2017, chegou a ter o prazo indefinido e passou por mudanças e processos judiciais. Atualmente, sete estados fazem o processo. A última meta era que o modelo fosse instituído em todo o país ainda neste primeiro semestre.