Nesta semana a Prefeitura de Mairinque decretou estado de emergência nas contas públicas após a decisão da Justiça de aplicar uma multa de R$ 14 milhões ao município pela não construção da Estação de Tratamento de Esgoto. O impasse já vem sendo passado “de mão em mão” por gestões anteriores até que agora a “bomba” explodiu. Bloqueio de recursos e uma dívida milionária que vai afetar a prestação de serviços na cidade, além de prejudicar os vencimentos dos servidores.
Por anos e anos as ações políticas têm gerado danos aos cofres públicos, que são abastecidos pelo sacrifício de cada contribuinte. No final das contas, que paga o prejuízo é o próprio povo, que não basta ter que contribuir com os impostos para manter os serviços públicos, mas também precisa sofrer com o corte do serviço, quando algum erro político acarreta nesse tipo de consequência.
Essa cobrança e a sua continuidade ainda podem gerar inúmeros transtornos na distribuição de medicamentos, disponibilidade de transporte municipal, merenda escolar, coleta de lixo, Pronto Atendimento e Postos de Saúde, e pagamento dos salários dos servidores. Como sempre, os danos recaem sobre “o lado mais fraco da corda”, que arrebenta facilmente com a sobrecarga de irresponsabilidades e falhas na gestão na máquina pública.
O mesmo acontece com a Zona Azul de São Roque. Uma contratação feita lá no passado foi julgada irregular pela Justiça, decisão que resultou mais uma vez na suspensão do estacionamento rotativo, e em breve, dará início a mais um processo licitatório para contratação de nova empresa para assumir o serviço. Enquanto isso, a população aguarda na batalha por vagas nas ruas centrais da cidade diariamente, comerciantes tem seus negócios lesados e a espera não tem data para acabar. Como diria o velho dito popular “Tempo é dinheiro”, e, quando se trata de justiça e trâmites públicos, a demora é sempre certa. Então, mais uma vez, quem vai pagar a conta é o povo.