Na segunda-feira, dia 9, ao fazer uso da tribuna durante Sessão Ordinária, realizada pela Câmara Municipal, o Vereador Cabo Jean fez duras críticas devido, segundo ele, “falhas” no atendimento da Santa Casa de São Roque.

O vereador mostrou um áudio recebido de uma moradora de São Roque que precisou levar sua filha de quatro meses ao hospital. No áudio, a mulher relatou, durante mais de cinco minutos, o seu desespero em virtude de supostos problemas no atendimento.

Após o pronunciamento feito pelo vereador, a Santa Casa fez um levantamento com acompanhamento da provedoria, conselho e do diretor clínico Dr° Bruno Tadeu dos Santos Junqueira, para verificar a autenticidade das palavras proferidas na tribuna e também por meio de release à imprensa.

Após o levantamento do atendimento da paciente, a Santa Casa enviou ofício á Câmara Municipal citando “que a situação acima transcrita não corresponde à efetiva verdade dos fatos, o atendimento relatado na fala do vereador não transcorreu em tempo algum como lhe fora narrado, ao contrário, o atendimento foi  efetivo e suficiente quando solicitado pela paciente. Assim, tendo em vista o inequívoco fato de que os documentos que comprovam nossas alegações estarem protegidos pelo sigilo médico, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Roque, requer neste ato, seja, por meio da regular e legítima Comissão de Saúde constatado nas dependências do hospital documentação idônea que comprovam a correção do atendimento. Bem como, requer-se que o nobre vereador, em que pese não integrar a Comissão de Saúde, tome parte no grupo que realizará a visita, para que possa o mesmo ter conhecimento da realidade dos fatos, e possa então retratar-se”, disse a Santa Casa.

Segundo o diretor clínico Dr° Bruno Tadeu, “a paciente foi atendida no P.A, no dia 04/04/2018, ás 10h26. Foram adotados procedimentos médicos e de enfermagem a partir da sua entrada na unidade, incluindo período de observação clínica, exames laboratoriais clínico e de imagem. A análise dos documentos médicos não apresenta qualquer ato de negligência”, disse o médico.

A Santa Casa mantém convênio com a Prefeitura de São Roque para realizar Internações e Pronto Atendimento (PA), realizando média de 120 partos/mês e média de 9 mil atendimentos no PA. No passado recente, a Santa Casa encaminhou proposta à prefeitura para a mesma assumir a gestão do PA, utilizando as atuais instalações, pois o PA sendo a porta de entrada, é onde ocorre o maior índice de reclamações e o maior custo operacional, infeiizmente está proposta não foi aceita. A Santa Casa acreditava que se essa opção tivesse êxito, a prefeitura poderia reduzir os problemas na Rede Básica, já que como está funciona somente em horário comercial, o PA acaba por atender os que não conseguem consultas e exames.

Desta forma, a Provedoria não é a única responsável pelos ocorridos, já que atendendo ao

ex­pedido da prefeitura, trocou o Administrador, pois havia a expectativa de mudanças imediatas, que passados 30 dias ainda não ocorreram,havendo de fato, mais uma vez a interrupção dos trabalhos e metas em andamento. Há que se reconhecer que o problema não é da gestão, não é amadorismo, mas sim, há uma Instituição que foi quase destruída por uma fatídica intervenção municipal que deixou milhões de dívidas e que hoje ninguém quer assumir a responsabilidade, recaindo apenas e tão somente à Irmandade, cujos responsáveis iegais foram criminosamente afastados das suas funções. Reconhecemos que é necessária uma reestruturação, para isto há necessidade de: planejamento técnico, responsabilização dos verdadeiros responsáveis pelos crimes aqui cometidos, pelo acolhimento da sociedade. Uma andorinha só não faz verão. Não é com ataques que os problemas se resolverão, mas sim com diálogo, com sugestões e acima de tudo, respeito. A Santa Casa é uma Instituição centenária que já salvou milhares de vidas. Bem sabemos da saúde caótica no País, mas aqui, apesar de tudo, ainda há dignidade e há de melhorar, mas exige-se respeito. Exigimos o direito de resposta antes do ataque, porque nem toda verdade é verdade.