Esta frase do poeta Mario Quintana traz a ideia de que uma pessoa que é jovem pode ter sintomas de “velho”. Mas afinal, o que seria ser velho? Podemos pensar que uma pessoa de idade avançada é aquela que costuma apresentar problemas de saúde como dores nas articulações, dentre outros. No que se refere ao comportamento, existe uma certa tendência à diminuição da abertura a ideias novas, ou seja, a pessoa com idade avançada, durante seus anos de vida construiu uma série de conceitos acerca de si, dos outros e do mundo, portanto costuma ter aquele tipo de opinião mais “enraizada”. Este é um fato compreensível nestas pessoas, no entanto, não deveria ser uma regra, uma vez que, até uma pessoa com idade avançada ainda pode decidir por fazer algo novo, totalmente inusitado, e desfrutar de grande prazer nisso.

O que podemos pensar é que não se trata da idade em si, mas sim da forma como nós somos, e na ocasião, estamos falando de pessoas, sejam elas de qualquer idade, mas que já apresentam dores no corpo decorrentes de questões emocionais, ou que acabam por ser muito criteriosas e rigorosas consigo mesmas, mantendo a rotina e os costumes com afinco, adotando um comportamento de autoprivação.

Tudo que é novo, que é diferente daquilo que estamos acostumados a pensar nos traz uma certa sensação de desconforto, e com isso, muitos são os que acabam por se privar demasiadamente. É conveniente adotarmos uma postura de maior liberdade, com aquilo que desejamos. Isso não quer dizer que devemos sair por aí fazendo tudo que nos dá na telha, pois neste caso, certamente sentiremos culpa por termos ido contra valores e princípios morais que existem dentro de nós mesmos. Portanto ser livre compreende não só estar aberto a ideias novas, mas também conseguir transitar entre aquilo que eu desejo, e aquilo que para mim é uma regra moral. A busca de algo novo é algo que pode nos direcionar para a liberdade, e que nos permitirá a saúde física e emocional, ao longo de nossos anos de vida, sendo esta uma verdadeira “fonte da juventude”.