A Clínica Lund de Nefrologia, localizada em Itu, amplia seu serviço especializado de hemodiálise, em convênio com o SUS, para 6 mil atendimentos por mês. Passa de 250 para 480 vagas, o que equivale a 6 mil atendimentos por mês, beneficiando a população da região metropolitana de Sorocaba, que inclui 27 municípios.
Segundo o médico nefrologista e diretor da Clínica Lund, Yussif Ali Mere Jr, a clínica oferece um serviço regional pelo SUS e sua ampliação contribui para minimizar a crônica falta de vagas para hemodiálise na região, que abrange cidades como Sorocaba, Itu, São Roque, Salto, Votorantim e Itapetininga, entre outros municípios da região de Sorocaba. Cerca de 80 novos pacientes estão sendo atendidos após a ampliação, mas ainda há vagas. No entanto, o atendimento só é realizado com encaminhamento de um médico pelo SUS, comprovando que o paciente realmente necessita do procedimento. A clínica também atende a planos de saúde e particulares.
“Estamos trabalhando com 80 máquinas de hemodiálise suecas e japonesas, de alta performance, para atender aos pacientes cujos rins pararam de funcionar. A máquina retira o sangue, que passa por um filtro para retirar as impurezas, fazendo o papel dos rins”, explica o especialista.
Os pacientes com doenças renais crônicas devem procurar o serviço do SUS de sua cidade que, após avaliação e diagnóstico, deverá fazer o encaminhamento para as sessões de hemodiálise. Cada paciente deve se submeter a três sessões por semana de 4 horas cada para manter o organismo em funcionamento.
O que são doenças renais crônicas?
A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins, obrigando o paciente a se submeter a sessões de hemodiálise ou ao transplante dos rins. As principais causas são a hipertensão arterial e o diabetes.
Essa doença constitui hoje um importante problema médico e de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes mantidos em programa crônico de diálise mais que dobrou nos últimos anos. Hoje 122.823 pacientes encontram-se em tratamento dialítico no Brasil (2016/SBN), sendo 90% dos procedimentos feitos pelo SUS. Mas mesmo com o aumento dos pacientes em hemodiálise, faltam vagas em todo o país. Do total de pacientes em hemodiálise no país, 24% ou 29.268 pessoas aguardam transplante dos rins.