Movimento antivacinas pode trazer doenças erradicadas de volta | Saúde e Bem-Estar


Apesar da vacinação ser uma das maiores conquistas da humanidade e o meio mais seguro e eficaz de prevenir doenças infectocontagiosas, muitos pais não tem protegido seus filhos. A queda nas taxas de vacinação de bebês com menos de um ano no Brasil preocupa cada vez mais. Doenças graves que, em alguns casos, levam à morte, e eram consideradas erradicadas, como sarampo, poliomelite e difteria, podem voltar a afetar a população do país.

O alerta se baseia em dados divulgados pelo Ministério da Saúde, que mostram que em 2018, o índice de vacinação no país atingiu o menor nível dos últimos 16 anos. Apenas 71% a 84% das crianças até dois anos foram vacinadas contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, varicela, rotavírus e meningite. A meta de imunização era de 95%.

Os prejuízos causados pela falta de vacinação já estão se tornando realidade, tendo como exemplo o sarampo, que após ser considerado extinto nos últimos dois anos, retornou ao Brasil. Já existem mais de 300 casos confirmados nos estados de Roraima e Amazonas.

Para a presidente da SGP (Sociedade Goiana de Pediatria), Marise Tofoli, uma das maiores causas dessa situação é a falta de informação e até mesmo as fake news, que são as notícias falsas divulgadas pela Internet. “Com a desinformação, o chamado movimento antivacina, formado por grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios, ganhou força e vem afetando toda a sociedade”, explica a pediatra.

Não vacinar os filhos é uma prática ilegal no Brasil, conforme ressalta a presidente da SGP. “O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) garante a todas as crianças o direito à saúde e torna obrigatória a vacinação”, esclarece Marise Tofoli. Portanto, mais do que um gesto de amor e cuidado, manter o calendário de imunização dos filhos atualizado é um dever de todo pai ou responsável por um bebê, criança ou adolescente.

Mito: vacinas causam autismo

Uma das informações falsas que circulam na internet é a que diz que vacinas causam autismo. De acordo com o coordenador do Departamento de Desenvolvimento e Comportamento da SGP, Fábio Pessoa, não existe nenhuma evidência científica que relacione o surgimento do TEA (Transtorno do Espectro Autista) com o fato da criança ter sido vacinada.

“O ex-pesquisador Andrew Wakefield estabeleceu essa relação em 1998, mas foi comprovado que ela não passava de uma farsa e ele, inclusive, foi banido da comunidade científica. Portanto, nenhuma vacina provoca autismo e os pais podem ficar tranquilos e proteger seus filhos por meio da imunização contra doenças”, defende Pessoa.

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