Uma pesquisa inédita encomendada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), em trabalho realizado com o Datafolha, mostra milhões de brasileiras não tratam de sua saúde sexual e reprodutiva. É possível que mais de 15 milhões de mulheres com 16 anos ou mais correm o risco de ter algum problema sem ao menos imaginar.
Construída para representar as mulheres brasileiras de 16 anos ou mais, a amostra revelou que 2% não têm frequência definida de consultas com o ginecologista, 5% nunca foram e 8% não costumam ir. Impressiona saber que somente 20% das brasileiras vão ao ginecologista-obstetra por iniciativa própria.
Segundo os dados, cerca 5,6 milhões das brasileiras não vão a um ginecologista há mais de 4 anos. O caso se agrava entre as menos escolarizadas e residentes no interior. As principais alegações são preocupantes: quase um terço argumenta que não precisa ir, pois está saudável (31%) e outra parcela (22%) diz que não considera importante ou necessário ir ao ginecologista.
Muitas entrevistadas ainda dizem ter vergonha, medo de detectar problemas, não têm dinheiro para pagar consulta.
Enfim, a pesquisa completa pode ser encontrada aqui.
Amostra
O estudo, FEBRASGO/Datafolha, tem como base 1.089 entrevistas de todo País, distribuídas em 129 municípios de forma a representar as diversas regiões geográficas. Representa 80.980 milhões de mulheres.
Foram ouvidas mulheres de 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas. O campo ocorreu entre 05 e 12 de novembro de 2018, sendo que a margem de erro máxima para esta amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.
Quando se fala em nível de confiança de 95% significa que, se fossem realizados 100 levantamentos simultâneos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.