Muitos pensam que a sinceridade é algo bom e deve ser praticado, no entanto este é um grande equívoco. Quem costuma falar tudo o que pensa, geralmente acaba por ser indelicado com o outro, em certos casos até faltando com respeito. Entre os familiares existe uma ideia de que devida a intimidade, podemos falar aquilo que pensamos ser melhor para o outro, o que na verdade deveria ser o contrário. Justamente pelas pessoas que mais temos apreço e afinidade, são com as quais devemos ter mais cuidado na hora de “aconselhar”. Entre os casais esse tipo de postura pode levar a uma certa rigidez e perda da admiração pelo parceiro. Conselhos quase sempre são indelicados e ninguém gosta muito da ideia de ter alguém lhe dizendo o que deve ser feito ou não. Portanto convém se pronunciar apenas quando solicitado, e neste caso, com cautela.

Entre os familiares, existem aqueles que gostam bastante de aconselhar os outros, que são do tipo mais “intrometido”. Estas costumam ser justamente as que possuem questões pessoais que deveriam ser repensadas. Um exemplo disso é quando alguém lhe diz “Por que você não presta um concurso”? Muito frequentemente, essa pessoa não tem bem resolvida consigo mesma o seu planejamento de carreira profissional, e com essa angústia, digamos mal resolvida, acaba por tornar este ciclo ainda mais danoso, pois não será o outro quem pensará sobre um planejamento acerca de anseios pessoais, tão pouco alguém seguirá uma carreira motivada pelo desejo de terceiros.

Mas afinal o que devemos dizer ou não? Essa é uma questão para se pensar de fato. Não existe uma regra sobre como devemos nos portar. O que sabemos é que a sinceridade e o aconselhamento, frequentemente são mais danosos do que benéficos. Portanto uma boa maneira de lidar com isso é avaliar os resultados de nossas ações: se eles são mais positivos, ou mais danosos.