Uma barragem de rejeitos de mineração rompeu nesta terça-feira (11) no estado do Amapá, despejando uma grande quantidade de dejetos nos rios Amapari e Araguari. Diante da gravidade da situação, a Prefeitura de Porto Grande, município localizado na região central do estado, decretou estado de calamidade pública.
Impacto ambiental e social
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a lama tomando conta dos rios. “Chegamos aqui e nos deparamos com essa qualidade de água. Essa água que antes era cristalina agora está desse jeito. Pura lama”, lamenta uma moradora em um dos vídeos.
A prefeitura informou que a enxurrada de rejeitos atingiu diretamente o distrito de Cupixi e comprometeu o abastecimento de água em toda a região. A comunidade ribeirinha que vive às margens dos rios é uma das mais afetadas pelo desastre ambiental.
Origem da barragem
De acordo com o decreto municipal de calamidade pública, a barragem era operada informalmente por uma empresa desconhecida. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou em uma publicação nas redes sociais que a estrutura estava localizada em uma área de garimpo.
Medidas emergenciais
Com o decreto de calamidade, o poder público pode adotar medidas emergenciais, como a contratação de serviços sem necessidade de licitação. O ministro Waldez Góes informou que acionou a Defesa Civil Nacional para prestar assistência ao município.
No vídeo abaixo, Góes aparece ao lado do deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), conversando por videochamada com o prefeito de Porto Grande, Elielson Moraes (MDB), para discutir as ações de resposta ao desastre.
Até o momento, não há registro de mortos ou feridos. As autoridades seguem monitorando a situação e avaliando os impactos ambientais e sociais do rompimento.