A Polícia de São Paulo prendeu, na tarde deste sábado (8), Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa. A captura ocorreu em Cajamar após a Justiça decretar sua prisão temporária a pedido da polícia. Ele é investigado por ser o possível dono do veículo prata flagrado na cena do crime.

Prisão e investigações

Horas antes da prisão, a polícia solicitou a detenção temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira. No entanto, a Justiça negou o pedido, autorizando apenas busca e apreensão em sua residência.

Segundo a decisão judicial, a prisão de Maicol foi decretada devido a “fortes indícios” de envolvimento no crime, incluindo contradições em seu depoimento e testemunhos que o situam próximo ao local do homicídio. Relatos ainda apontam que seu veículo estava na cena do crime e que houve movimentação suspeita em sua residência na noite em que Vitória desapareceu.

No caso de Daniel Lucas Pereira, a Justiça considerou que não havia elementos suficientes para sua prisão, uma vez que sua única conexão com o crime era uma fotografia do carro de Maicol. Seu depoimento foi avaliado como colaborativo e sem indícios de tentativa de obstrução da investigação.

Busca e apreensão

A Justiça autorizou buscas nas residências de Maicol e Daniel para coletar possíveis provas do crime, como armas ou outros objetos utilizados na ação criminosa. Também foi determinada a quebra de sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos apreendidos.

Contradições no depoimento

Durante as investigações, Maicol afirmou que, na noite do crime, estava em casa com sua esposa. Entretanto, a mulher declarou que passou aquela noite na casa da mãe e só recebeu uma mensagem de “boa noite” de Maicol às 23h30, sugerindo que não estavam juntos no horário mencionado.

Vizinhos também relataram movimentação atípica na casa do suspeito. Conforme os depoimentos, Maicol foi visto entrando e saindo da garagem diversas vezes e comentou que o carro “tinha ficado bom”, levantando suspeitas.

Outro ponto de atenção na investigação foi o fato de que o Toyota Corolla prata de Maicol permaneceu guardado na garagem durante a noite, o que era incomum, pois ele costumava estacioná-lo na rua.

As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.