Um caso grave ocorrido em Itamonte, no Sul de Minas Gerais, mobilizou autoridades e chamou a atenção para os riscos de negligência e criminalidade envolvendo crianças. Na última sexta-feira (21), uma aluna de 4 anos levou 16 papelotes de cocaína para a escola, acreditando que se tratavam de doces. Pelo menos 20 crianças, entre 4 e 5 anos, que tiveram contato com a substância foram encaminhadas a uma unidade de saúde com suspeita de ingestão do material. Felizmente, todas receberam atendimento médico e foram liberadas em seguida.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, os papelotes foram apreendidos para análise. O caso teve início quando uma professora notou duas alunas reclamando de um “papelzinho” com gosto estranho. Ao investigar, a docente descobriu que se tratava de um pacote semelhante a drogas, encontrado na mochila e próximo à cadeira da aluna.
O pai da criança, que seria o responsável pela origem da substância, chegou a comparecer à escola, mas fugiu após retirar os papelotes das mãos de uma coordenadora. A polícia informou que ele permanece foragido. O tio da menina, que também esteve envolvido no incidente, foi detido por desacatar conselheiras tutelares, mas liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O caso segue em investigação, e a polícia busca localizar o pai da criança. Amostras foram coletadas das crianças expostas para verificar possíveis níveis de ingestão ou inalação da substância ilícita.
Esse incidente levanta alertas sobre o impacto do ambiente familiar e a importância de reforçar medidas de proteção à infância.