A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul confirmou, nesta sexta-feira (16), o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Até então, os registros eram restritos a aves silvestres. O caso foi detectado em uma unidade produtora de ovos férteis com cerca de 17 mil aves. A doença causou alta mortalidade: 100% das aves de um dos galpões morreram, e o restante foi sacrificado.

Como resposta emergencial, o governo estadual implementará seis barreiras fixas de desinfecção e uma de desvio, operando 24 horas por dia. A medida visa controlar a circulação de veículos ligados à cadeia produtiva animal em um raio de 10 km da granja afetada. Carros de passeio não estão incluídos nas restrições.
O vírus identificado é o H5N1, variante de alta patogenicidade (HPAI), que afeta principalmente aves. Segundo as autoridades, não há risco de transmissão ao ser humano pelo consumo de carne de frango ou ovos.
Além disso, a Fenasul e o Zoológico de Sapucaia do Sul estão temporariamente fechados como precaução. No zoológico, foram registradas mortes de cisnes — espécies que já haviam sido atingidas por surtos anteriores na Estação Ecológica do Taim.
O caso está sendo investigado para identificar a origem da contaminação, que pode ter ocorrido por contato com aves silvestres ou objetos contaminados. O governador em exercício, Gabriel Souza, afirmou que todos os protocolos sanitários estão sendo rigorosamente aplicados para conter o surto e restabelecer o status sanitário do estado.