Problema silencioso que afeta todas as idades
Mais de 10 milhões de brasileiros convivem com algum nível de deficiência auditiva, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado representa 5,1% da população e revela um cenário preocupante que atinge, principalmente, adultos acima dos 60 anos — mas que também cresce entre os mais jovens.

Apesar da gravidade, a perda auditiva ainda é subestimada e, frequentemente, diagnosticada tardiamente. A fonoaudióloga Dra. Vanessa Gardini, especialista em reabilitação auditiva da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), alerta que as pessoas levam, em média, 7 anos para colocar aparelho auditivo após a descoberta da perda.
“Elas adaptam seus comportamentos, evitam conversas, aumentam o volume da TV, pedem para repetir frases, até que isso comece a atrapalhar a vida social, profissional e familiar”, explica a especialista.
Consequências da perda auditiva vão além da comunicação
Além das dificuldades no dia a dia, a perda auditiva pode comprometer funções cerebrais importantes. Um estudo da Universidade Johns Hopkins, publicado na revista científica JAMA, acompanhou 639 adultos ao longo de quase 12 anos e identificou que pessoas com perda auditiva leve apresentavam o dobro de risco de desenvolver demência.
“O esforço constante para compreender o que está sendo dito sobrecarrega o cérebro e isso interfere em outras habilidades cognitivas. A audição está diretamente ligada à memória e à atenção”, destaca Dra. Vanessa.
Jovens também estão em risco
Embora mais comum entre idosos, a perda auditiva também atinge adolescentes e adultos jovens, principalmente devido ao uso inadequado de fones de ouvido. Volumes elevados por longos períodos podem causar danos irreversíveis nas células do ouvido interno.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 bilhão de pessoas entre 12 e 35 anos correm risco de desenvolver perda auditiva por práticas auditivas inseguras.
“A exposição contínua a sons acima de 85 decibéis pode causar lesões permanentes. A orientação desde cedo é essencial, tanto para o uso correto de fones quanto para hábitos auditivos mais saudáveis”, orienta a fonoaudióloga.
Sinais de alerta: identifique o problema cedo
Os principais sinais de perda auditiva incluem:
- Zumbido nos ouvidos após ouvir música alta
- Dificuldade para entender conversas em ambientes barulhentos
- Necessidade de aumentar o volume da TV ou rádio
“Quanto mais cedo os sinais forem identificados, maiores as chances de evitar danos permanentes”, reforça a especialista.
Impacto emocional da perda auditiva
Além dos efeitos físicos e cognitivos, a perda auditiva pode afetar profundamente a saúde mental. Casos não tratados aumentam o risco de desenvolver ansiedade, depressão e isolamento social.
“Escutar bem não é só uma questão sensorial, é uma questão de saúde mental”, afirma Dra. Vanessa.
Reabilitação auditiva moderna, eficaz e acessível
Segundo a fonoaudióloga, o tratamento não se resume à adaptação de aparelhos auditivos. É um processo completo, que envolve:
- Avaliação e diagnóstico personalizado
- Acompanhamento técnico e escuta ativa
- Apoio e orientação familiar
Atualmente, os aparelhos auditivos modernos são discretos, inteligentes e com recursos como conectividade com celular e ajuste automático ao ambiente.
“Temos tecnologia e conhecimento para devolver qualidade de vida a essas pessoas. O mais difícil ainda é quebrar a barreira do preconceito ou da negação. Quando o paciente entende que reabilitar a audição é recuperar sua autonomia, tudo muda”, afirma Dra. Vanessa.
Saiba mais sobre tratamento auditivo
Para mais informações sobre a perda auditiva, tratamento e acompanhamento profissional, acesse o site da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, siga as redes sociais @proouvir ou entre em contato pelo WhatsApp: (15) 3231-6776.