O lançamento do Edifício Pedro Costa de 15 andares, em 1965 – O Democrata

O Edifício Pedro Costa é uma referência no centro de São Roque e, com seus imponentes 15 andares, pode ser visto de diversos pontos da cidade. Localizado na Avenida Tiradentes, número 44 (esquina com a Rua Rui Barbosa), o empreendimento foi lançado há 60 anos — em 1965 — e, no final da década, começaram a chegar os primeiros moradores. Entre eles estava o relojoeiro Walter Argentini, que vendeu sua casa na Avenida Antonino Dias Bastos, 1001, para montar a Rewal Joias e Relógios (Avenida Tiradentes, 55). Ele morou no 12º andar com a esposa Irani e o filho Luís Roque.

Irani veio morar na esquina onde o pai Mário Caiani teve o Salão Avenida e trabalhava com os filhos Moacir e Milton. Com a construção do prédio, o salão de barbeiros mudou para o lado ímpar da Tiradentes, na esquina com a Rua Enrico Dell’Acqua. Na parte inferior do antigo sobrado, funcionavam o armazém de Antonino Dias Bastos (Nino) e o 1º Tabelião de Notas. Nino abriu uma porta comercial em sua residência na Rua Barbosa, 277, e o tabelião Luiz Gonzaga Rodrigues de Oliveira passou a ocupar uma sala no Paço Municipal (Praça da Matriz, 9).

Muitas pessoas que observam o edifício sentem curiosidade sobre sua história. Outras se recordam do que havia ali antes da construção e das lojas que se estabeleceram na parte térrea, ocupada inicialmente pelas Casas Pernambucanas e pelo Banco Nacional. Com a mudança das Pernambucanas para o prédio próprio na Praça da Matriz, nos anos 1970, foi inaugurada a Loja Carambella. No espaço da antiga agência bancária funcionou, até recentemente, a Gibson Store. Hoje, o espaço está disponível.

O centenário arquivo do jornal O Democrata registra o nascimento do Edifício Pedro Costa com grande destaque: um anúncio ocupou a primeira página inteira da edição de 17 de julho de 1965. “O mais arrojado empreendimento de São Roque” dos incorporadores Pedro Costa e Dr. José Mussi. Localizado no coração da cidade, o edifício será moderno, com todas as comodidades, excelente divisão interna e dois elevadores automáticos. Foi lançado por 15 milhões de cruzeiros (sem entrada), em 100 prestações mensais de Cr$ 150 mil, sem juros e sem reajustes.

“Sucesso absoluto de vendas”. Em apenas 15 dias, foram vendidas 40 das 60 unidades. O jornal publicou os nomes dos compradores: Adão Nunes de Barros, Afonso Marques, Alceu Otávio de Góes, Alcides de Souza Valente, Aldo Lino Curzel, Antonio Bahu, Antonio Paulo Salvetti, Antonio Rodrigues, Argeo Mendes de Moraes, Arízio Alves de Magalhães, Armando Aga, Álvaro Cristanelli, Benedito Honório Mieiro, Benedito dos Santos Guerra, Benedito da Silva César, Carlos Potiguara de Oliveira, Djanira Maria Costa, Flávio Luiz Almeida, Fortunado Prestes Vieira, Geraldo Bernardino, Giovanni Mariucci, Hélio de Oliveira, João Carlos Alé, João de Castro Andrade Filho, João da Costa, João Silvestre de Castro, José Raul Calfat, Lourenço Guilhen, Maria e Cinira Dias Bastos, Norberto Silva, Orlando Silvestre de Castro, Patrício Gabriel Vieira, Paulo Frontin Werneck, Pedro Costa, Raul da Silva Martins, Roberto Silva, Rubens José Boccato, Takeshi Kono, Túlio Boschini e Vicente Mendes de Moraes (Bio).

CASA DO COMENDADOR INOCÊNCIO E FUNDAÇÃO DO GRÊMIO
Na edição de 25 de setembro, O Democrata voltou a destacar o empreendimento na primeira página: “Um arranha-céu em São Roque”. Segundo o texto, baseado em pesquisas do professor Paulo da Silveira Santos, para a construção foi demolido um sobrado colonial que pertenceu ao Comendador Manoel Inocêncio da Rosa, irmão do Barão de Piratininga.

Com o falecimento do comendador, em 1889, a propriedade passou para o filho único Antonio Francisco da Rosa casado com Honorina Rosa, com quem teve as filhas Marieta Rosa (viúva do médico Helvídio), Jandira Rosa Kerr (casada com Roberto Caldas Kerr) e Luiza Rosa (farmacêutica). O sobrado, por fim, pertencia ao vereador Benedito da Silva César, que o vendeu para Pedro Costa e José Mussi.

No prédio histórico, na noite de 28 de agosto de 1945 — então residência de Jamil Chad —, ocorreu a fundação do Grêmio União Sanroquense. Alguns anos depois, o local tornou-se sede do clube, com a realização de bailes, reuniões e outras atividades.

Atualmente, na região onde está localizado o Pedro Costa, a Lei Municipal nº 40/2006 permite construções com altura máxima de 13 metros (quatro andares). O gabarito de 30 metros (10 andares) é válido para os corredores das avenidas John Kennedy e Antonino Dias Bastos. A verticalização com até 18 metros é permitida apenas em áreas específicas, como parte do Jardim Renê, Avenida Bandeirantes e região da Avenida Brasil.

Vander Luiz

Jornal O Democrata São Roque

Fundado em 1º de Maio de 1917

odemocrata@odemocrata.com.br
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 04
Centro - São Roque - SP
CEP 18130-070
Copyright 2025 - O Democrata - Todos os direitos reservados | Política de Privacidade
Os textos são produzidos com modelo de linguagem treinado por OpenAI e edição de Rodrigo Boccato.