O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciou um aumento expressivo nas tarifas de importação de produtos brasileiros: de 10% para 50%. A medida, que entra em vigor em sete dias, tem forte caráter político e foi justificada por Trump como resposta a “ameaças à segurança nacional” e supostas violações de direitos por parte do governo brasileiro, incluindo críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes e à condução de investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar do tarifaço, cerca de 700 produtos foram incluídos em uma lista de exceções, mantendo as alíquotas atuais ou mínimas. Entre eles estão:
- Suco e polpa de laranja, castanha-do-Pará e celulose;
- Produtos de aviação civil e seus componentes;
- Petróleo, gás natural, minérios, e diversos fertilizantes químicos;
- Veículos automotores, peças e metais como silício, ouro, estanho e alumina.
Por outro lado, importantes itens do agronegócio, como café, cacau, carne bovina, manga, frutas em geral, pescados, açúcar e etanol, serão penalizados com a nova tarifa de 50%, o que pode impactar diretamente as exportações brasileiras e o equilíbrio da balança comercial entre os países.
Por que isso importa?
A nova medida afeta setores estratégicos do Brasil, com impactos potenciais no preço de exportações, geração de empregos e nas relações comerciais bilaterais. Além disso, a justificativa política e a citação de autoridades brasileiras ampliam a tensão diplomática entre os dois países em pleno ano eleitoral nos EUA.