O Banco do Brasil encerrou o primeiro semestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 11,2 bilhões, resultado 40,7% menor que o registrado no mesmo período de 2024. Entre abril e junho, o lucro foi de R$ 3,8 bilhões, recuo de 60% na comparação anual.

Segundo a instituição, o desempenho foi impactado por novas regras contábeis do Conselho Monetário Nacional, que mudaram o modelo de provisões e o reconhecimento de receitas de juros, e pelo avanço da inadimplência, que subiu para 4,21% no segundo trimestre — puxada pelo agronegócio.
O banco revisou as projeções para 2025, prevendo lucro anual entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões, abaixo do recorde de R$ 37,9 bilhões de 2024. Também reduziu de 40% para 30% a fatia do lucro destinada a dividendos.
Apesar do cenário de ajuste, a carteira de crédito cresceu 11,2% em 12 meses, alcançando R$ 1,3 trilhão, com destaque para pessoas jurídicas, agronegócio e crédito sustentável.
O desempenho do BB tem relevância direta para o mercado financeiro e para a arrecadação do governo federal, seu principal acionista, já que a queda nos lucros reduz o montante de dividendos repassados ao Tesouro.
Com informações da Agência Brasil.