O Brasil vive uma crescente fuga de milionários, fenômeno que pode impactar diretamente a economia e a imagem do país no cenário internacional. Um estudo da Henley & Partners estima que 1,2 mil brasileiros com patrimônio acima de US$ 1 milhão deixarão o país em 2025 — alta de 50% em relação ao ano passado. A saída representaria a transferência de aproximadamente US$ 8,4 bilhões (R$ 46 bilhões) para outros mercados.
Segundo o Instituto Millenium, o Brasil já perdeu 18% de seus milionários nos últimos dez anos, colocando o país entre os que mais sofrem com a chamada “fuga de cérebros”. Entre os principais motivos estão a violência, a instabilidade política e econômica, a alta carga tributária sem retorno em serviços públicos e a percepção de ruptura no “contrato social”.
Especialistas alertam que o impacto vai além do capital perdido: a saída de empresários e investidores reduz a capacidade de inovação, enfraquece startups e compromete o ambiente de negócios. Além disso, o movimento transmite um sinal negativo a investidores estrangeiros, reforçando a imagem de insegurança jurídica e econômica.
O Brasil ocupa a sexta posição mundial na lista de países que mais devem perder milionários em 2025, atrás de Reino Unido, China, Índia, Coreia do Sul e Rússia. Já entre os destinos mais procurados por famílias de alta renda estão Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Portugal, Itália e Suíça, que oferecem maior segurança, estabilidade e benefícios fiscais.
👉 O êxodo da elite econômica pode significar menos investimentos, queda na arrecadação e perda de competitividade global, criando um ciclo difícil de reverter caso não haja mudanças estruturais.