Risco está em bebidas com adição de metanol. Saiba como se proteger
No período do carnaval o consumo de bebidas alcoólicas aumenta muito, no Brasil, mas segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, alguns foliões podem estar em risco. A comercialização de bebidas clandestinas, com mais metanol do que o permitido pode causar neurite óptica, uma lesão no nervo óptico que pode levar à perda definitiva da visão.
O especialista aponta que o limite da substância nas bebidas geralmente é desrespeitado no uísque, vodka e até na cachaça falsificada. Queiroz Neto afirma que quando o metanol é metabolizado produz substâncias que provocam também causam danos nos rins, fígado, coração, pâncreas e até alterações na camada externa do cérebro. A intensidade dessas reações depende da quantidade ingerida e mesmo que a intoxicação passe despercebida deixa sequelas que podem dar sinais depois de algum tempo.
Tratamento
O especialista afirma que o tratamento depende de cada caso, mas basicamente é feito com injeções de corticóide para reduzir a inflamação. A recuperação pode demorar até ou meses e nas exposições mais intensas as lesões no nervo óptico causam perda irreversível da visão.
Prevenção
Antes de comprar bebida no carnaval, as dicas são e evitar o consumo de doses, caso não possa checar o rótulo, checar o lacre da garrafa e verificar no rótulo da garrafa o registro do Ministério da Agricultura.
Outros riscos
Queiroz Neto diz ainda que no carnaval as aglomerações em salões fechados aumentam a propagação de conjuntivite, do tipo mais comum, que é a viral, transmitida ainda por suor, compartilhamento de maquiagem e mãos sujas. O contato com maquiagem, espuma de carnaval e glitter pode causar a conjuntivite alérgica.
As dicas de prevenção do oftalmologista são: não compartilhar maquiagem, evitar excesso de brilho e lavar as mãos com frequência.