Empresas como Google e Meta estão ampliando seus investimentos em cabos submarinos para garantir maior capacidade, velocidade e alcance de conexão ao redor do mundo. A principal motivação é suprir a crescente demanda gerada por serviços baseados em inteligência artificial e computação em nuvem.
Estima-se que cerca de 95% do tráfego global da internet dependa dessa infraestrutura, composta por cabos de fibra óptica instalados no fundo do mar. Tradicionalmente, esse setor era dominado por empresas de telecomunicação e consórcios estatais, mas as gigantes da tecnologia passaram a assumir protagonismo nos últimos anos.
Entre os projetos mais ambiciosos está o Projeto Waterworth, da Meta, que promete ser o cabo submarino mais longo do mundo, com 50 mil quilômetros de extensão, conectando continentes como América, África, Europa e Ásia. Já o Google anunciou o sistema Sol, com mais de 30 cabos interligando países como Estados Unidos, Espanha e Bermudas, focado especialmente na expansão dos serviços do Google Cloud e soluções de IA.
Especialistas apontam que o objetivo dessas empresas é garantir capacidade, resiliência e cobertura global, pilares fundamentais em um cenário onde a inteligência artificial exige grande volume de dados e conectividade em tempo real.
Apesar dos avanços, os desafios continuam: instalação demorada, burocracias geopolíticas, riscos tecnológicos e ameaças externas impactam o andamento de alguns projetos.
Esses investimentos reforçam o papel estratégico das big techs na estruturação da internet do futuro, impulsionando o desenvolvimento digital em escala mundial.
Com informações do Olhar Digital.