Brasileiros têm poucas chances no conclave: falta de protagonismo e perda de relevância global – O Democrata

Apesar de contar com oito cardeais, o Brasil — maior nação católica do mundo — tem chances mínimas de eleger um papa no próximo conclave. Especialistas apontam a perda de relevância internacional da Igreja Católica no país e o baixo posicionamento público dos líderes religiosos como fatores decisivos.

Arquidiocese de Brasília – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo o teólogo João Décio Passos, da PUC-SP, “os cardeais brasileiros não têm relevância mundial”. Ele destaca, porém, o nome de Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, como o mais progressista entre os brasileiros e possível figura de interesse, caso temas ambientais ganhem peso na eleição.

O historiador Virgílio Caixeta Arraes (UNB) reforça que a influência da Igreja Católica brasileira diminuiu, refletindo no impacto das falas de seus cardeais. Dados da World Christian Database mostram um declínio global no crescimento de novos católicos, com a América Latina registrando aumento médio de apenas 0,27% ao ano desde 2015.

Para o pesquisador Filipe Domingues, a eleição de um papa latino-americano se torna improvável após o pontificado de Francisco. O cenário geopolítico favorece nomes com maior projeção diplomática, como o italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano. “Ele dialoga com a China, atuou na Venezuela e tem experiência para distensionar conflitos globais”, explica Passos.

Enquanto isso, lideranças brasileiras como dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador, aparecem na mídia, mas sem destaque real, segundo o teólogo. “Ele integra o Conselho de Cardeais, mas não tem atuação relevante para momentos de crise”, avalia.

Com informações da UOL.

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