Brazilian Catharina Sour – O Democrata


Uma grande discussão no meio cervejeiro era se o Brasil tinha capacidade para criar um estilo próprio de cerveja. Não demorou muito para a resposta vir com um dos estilos que virou o queridinho entre as cervejas consumidas.

A partir do final de 2015 cervejarias catarinenses passaram a produzir cervejas baseadas no estilo alemão Berliner Weisse, com adição de frutas. O estilo passou a se popularizar mais em 2016 quando a Associação das Micro Cervejarias Artesanais de Santa Catarina (ACASC) tomou a iniciativa em conjunto com cervejeiros do estado para propagar esta “personalidade cervejeira brasileira”, que tem como base uma cerveja de alta fermentação de trigo, no qual leva adição de frutas, é acidificada com lactobacilos e fermentada com cepas de leveduras neutras. Ainda no mesmo ano a ACASC realizou o primeiro workshop para definições conceituais e técnicas de produção da “Catharina Sour”, que hoje é ministrado em várias regiões do Brasil.

Com a proposta de serem refrescantes e frutadas, as cervejarias do estado de Santa Catarina e agora de outros estados brasileiros produzem uma modalidade de cerveja a base de trigo, leve, de teor alcoólico médio, adição de frutas, acidificada com lactobacilos e fermentada com levedura Ale. Devem sempre ser servidas frescas.
Aroma: apresenta caráter azedo de baixo a médio. Aromáticos característicos da fruta adicionada devem ser aparentes, podendo ser de baixo a alto, mas sem parecer artificial. Notas aromáticas de malte podem ser percebidas em nível muito baixo.

Subprodutos da levedura Ale, notas aromáticas animalescas e diacetil não são aceitáveis. Aparência: a coloração da cerveja pode variar de acordo com a fruta e especiaria adicionada, podendo ser turva (nível igual ou abaixo de uma Belgian Witbier). Colarinho deve ser abundante, de média a alta formação e retenção, branco (podendo variar de cor de acordo com a fruta e especiaria adicionada). Sempre efervescente. Sabor: a acidez lática está presente, podendo ser baixa a médio-alto.

Características da fruta devem aparecer em nível médio-baixo a alto, mas sem parecer artificial. Notas proeminentes de especiarias podem estar presentes para complementar o sabor da fruta. Sabor de malte pode aparecer em nível muito baixo. Amargor de lúpulo não deve ser percebido. Sabor de lúpulo, diacetil e notas acéticas não são aceitáveis. Sensação na boca: corpo baixo a médio-baixo. Carbonatação média a alta. Acidez baixa a médio-alto, sem ser agressiva ou adstringente. Sensação de aquecimento alcoólico é inapropriado.

Uma Ale de trigo leve e refrescante, de teor alcoólico médio e amargor imperceptível. Acidez assertiva com destaque no aroma e sabor da fruta que deve ser adicionada, e pode ser complementada por especiarias. Procure uma com as frutas de sua preferência e aprecie essa experiência.

Beba menos, beba melhor!

Por Rogério Santiago

Para produzir sua própria cerveja entre em contato pelo
e-mail cervejariasr@hotmail.com.br
Instagram @roger_santiago_o
#culturacervejeirasr

Jornal O Democrata São Roque

Fundado em 1º de Maio de 1917

odemocrata@odemocrata.com.br
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 04
Centro - São Roque - SP
CEP 18130-070
Copyright 2025 - O Democrata - Todos os direitos reservados
Os textos são produzidos com modelo de linguagem treinado por OpenAI e edição de Rodrigo Boccato.