Brincadeiras mortais | O Democrata

O Brasil é um país atípico. As leis não são cumpridas em sua íntegra nem pelo STJ, cujos ministros as atropelam, fazendo valer suas vontades, justificadas por interpretações tendenciosas e totalmente desfiguradas, longe do conceito original que as produziu.

As proibições nunca são levadas a sério. Também pudera, os exemplos partem de cima, da instância mais alta da justiça.

Soltar balões é crime, pois eles põem em risco as vidas que estão em seu trajeto. Prejuízos imensuráveis são depositados na conta desses artefatos, bonitos aos olhos, mas terríveis pelas consequências que produzem. As Indústrias, moradias, e a vegetação, já foram palcos de inúmeras mortes causadas por esses brinquedos que brindam o olhar, e que continuam sendo produzidos a despeito do mal que podem acarretar. Ora, se são proibidos, por que continuam sendo produzidos e utilizados livremente?

Usar linhas com cerol para empinar pipas é outro procedimento condenável. Vidas já foram ceifadas por essas linhas diabólicas, e muitas pessoas ficaram com sequelas irreparáveis devido a cortes produzidos por esse produto. Atualmente estão sendo vendidas linhas produzidas no Chile, pela internet e em algumas lojas, cujo poder de corte é superior a tudo que já foi produzido. A venda e uso desses produtos são proibidos pela lei estadual 12.192, de 6 de janeiro de 2006. A despeito dos casos registrados, e das inúmeras reportagens veiculadas pela mídia, o problema continua como se nada tivesse acontecido. A pergunta se repete: Ora, se são proibidos, por que continuam sendo produzidos e utilizados livremente?

Leis brandas que não inibem nada deixam os infratores a bel prazer rindo-se delas, e leis severas e injustas, que deveriam ser aplicadas aos poderosos, penalizam os mais fracos e sem condições de se defenderem. A venda nos olhos da mulher que representa a justiça é atribuído à imparcialidade, porém, hoje ela é tida como um tampão que esconde da nobre dama a realidade vergonhosa que se propaga ao seu redor.

Pessoas que tiram a vida de outros ou lhes causam grandes infortúnios, são absolvidas nos tribunais; condenados recebem indultos do STJ a despeito do mal que causaram…mas se algum faminto roubar uma banana que seja para comer, o braço forte da lei desce sobre ele o trancafia sem piedade.

Tudo parece ser uma grande piada. Os bandidos perigosos e poderosos ganham a simpatia e proteção dos ministros, e os coitados as chibatadas da lei.

Enquanto as leis não forem cumpridas em sua íntegra, sendo revistas as brechas criadas nelas pelos magistrados a serviço do mal, e o povo sendo fiscal do que acontece no país, o Brasil seguirá tal qual uma nave à deriva, cujas correntezas o levarão a terras desconhecidas.

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