Café nas nuvens: consumidor deve enfrentar novos aumentos nos próximos meses – O Democrata

O preço do café no Brasil deve continuar subindo nas próximas semanas, o que trará impactos diretos no bolso dos consumidores. A indústria, que absorveu um aumento superior a 180% no custo do grão, repassou apenas uma parte desse aumento, com os preços nas prateleiras dos supermercados subindo entre 37% e 39%. No entanto, segundo Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), os repasses para os consumidores devem se intensificar nos próximos meses, com a expectativa de aumentos adicionais de até 25%.

O valor das sacas de café atingiu recordes históricos, com a saca de café arábica e robusta ultrapassando R$ 2.000, um aumento expressivo em comparação com os R$ 800 registrados no início de 2024. Esse aumento reflete não apenas as altas no mercado global, mas também fatores climáticos adversos no Brasil, como seca, geadas e chuvas intensas, além de um El Niño rigoroso que prejudicaram as lavouras nacionais. A produção do Vietnã, o segundo maior produtor mundial, também foi impactada, o que contribuiu para a redução da oferta global.

Em resposta à menor oferta, o preço do café nos contratos futuros atingiu US$ 4,04 por libra-peso, o maior valor da história. Cardoso alerta que, embora a escalada de preços possa desacelerar em algum momento, o cenário permanece incerto. Mesmo diante da alta, a demanda por café no Brasil se manteve estável, com o consumo atingindo 21,9 milhões de sacas entre novembro de 2023 e outubro de 2024, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior.

Com os desafios enfrentados pelo setor e a expectativa de mais aumentos nos preços, os consumidores deverão sentir um impacto direto na compra do café nos próximos meses.

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