O número de notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas chegou a 225 em todo o Brasil, segundo o novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado na noite de domingo (5).

O levantamento aponta 16 casos confirmados e 209 em investigação, sendo 192 registros em São Paulo, onde duas mortes já foram oficialmente reconhecidas. Em apenas 24 horas, o total de notificações subiu 15,38%, refletindo uma rápida expansão da contaminação — agora presente em 14 estados e no Distrito Federal.
Diante da situação, o governo federal determinou ações emergenciais, como a compra de antídotos e o reforço da rede nacional de vigilância toxicológica.
Casos também foram registrados em Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba, Piauí e Ceará. Bahia e Espírito Santo tiveram notificações descartadas.
Até o momento, há 15 mortes relacionadas à intoxicação por metanol, sendo duas confirmadas e 13 ainda sob investigação.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o aumento das notificações reflete uma melhor vigilância dos casos suspeitos, e não necessariamente um crescimento real de contaminações.
O metanol, substância usada em solventes, combustíveis e produtos de limpeza, é altamente tóxico quando ingerido. Mesmo pequenas quantidades podem causar cegueira, coma e morte. Os sintomas iniciais são confundidos com os de uma ressaca comum, mas evoluem rapidamente para visão turva, confusão mental e dificuldade respiratória.
A orientação do Ministério da Saúde é que qualquer suspeita de bebida adulterada seja denunciada e que o consumo de produtos sem procedência comprovada seja evitado.
Com informações do Estado de Minas.