Confira dicas para economizar energia e como se preparar para o aumento na conta | O Democrata


A conta de energia vai ficar 19,25% mais cara a partir desta terça-feira, 23, nas regiões de São Roque, Mairinque e outras 25 cidades atendidas pela CPFL Piratininga. O reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O hábito de economizar energia está na rotina de milhares de brasileiros há muito tempo. Com a crise econômica enfrentada pelo país, situações simples porém eficazes, como apagar as luzes durante o dia e não demorar no banho, ajudam a conter os gastos no fim do mês.

Medidas como essas serão essenciais, quando a conta de luz de 25 cidades do interior de São Paulo, atendidas pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Piratininga, sofrerá um aumento de 19,25%, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O engenheiro elétrico Marcelo Tirolli, elencou o que pode ser feito dentro das casas para conter ainda mais os gastos com energia, e um economista, que explicou os reflexos desse aumento a longo prazo.

Além dos chuveiros e duchas aquecidos à gás, os produtos elétricos costumam ser os vilões da conta de luz. Marcelo Tirolli, professor universitário e engenheiro elétrico, afirma que, no período de mudança de estação, é comum que as pessoas se esqueçam de alterar a temperatura do chuveiro.

“Quem tem chuveiro elétrico precisa se atentar à chave de seleção de temperatura. Como estamos no verão, o ideal é ajustar de inverno para verão ao invés de abrir mais o chuveiro, o que também consome mais água.”

Retirar da tomada os aparelhos que ficam no chamado “stand-by” também é uma forma de economizar. O especialista explica que o consumo de energia desses aparelhos é mínimo, mas eles podem ser retirados da tomada antes de dormir.

A mesma ideia se aplica aos produtos movidos à bateria. Quando eles seguem ligados na tomada depois de terem completado a carga, como celulares e carregadores de pilhas, continuam consumindo energia.

De acordo com Marcelo, é possível economizar mesmo utilizando vários eletrodomésticos: o importante é regular a frequência do uso. “Na máquina de lavar roupas, a dica é acumular mais roupas e usar a máquina cheia, respeitando sua capacidade”, explicou.

O ferro de passar também funciona com esse princípio. A energia gasta para aquecer o ferro muitas vezes não compensa a quantia de peças que serão passadas. Por isso, acumular o máximo possível é uma das soluções apontadas pelo engenheiro.

Para que as geladeiras mantenham o perfeito funcionamento é necessário se atentar ao estado das borrachas das portas, responsáveis por deixar o eletrodoméstico completamente vedado, mantendo sua capacidade de resfriamento.

“Geladeira ao lado do fogão também não é aconselhável, porque ela consome mais energia para manter a temperatura ideal, como em locais com muito sol, ambientes quentes ou com alimentos e panelas quentes”, disse Marcelo.

Os adeptos de ar-condicionado economizam mantendo os filtros do produto sempre limpos. A dica para manter a boa iluminação dos ambientes e diminuir o gasto é a substituição das lâmpadas. Deixar de lado as incandescentes e trocar por opções fluorescentes ou de LED, ainda mais econômicas, promete diferença na conta, conforme o especialista.

Impacto na economia

O economista e professor universitário Lincoln Lima aponta que o reajuste afetará não só o consumidor final, mas o setor da indústria e o comércio. Do ponto de vista social, o aumento significa a diminuição da renda das pessoas, principalmente as classes mais baixas.

“O aumento da energia elétrica vem sendo muito acima do índice de inflação e reajustes salariais. Isso influencia na qualidade de vida das pessoas”, declarou.

A diminuição na renda ocorre de duas maneiras: pelo aumento direto na conta de luz e pelo repasse feito na compra de produtos e serviços.

Segundo Lincoln, o custo da produção aumenta e, consecutivamente, a geração de empregos diminui, pois o empresário repassa apenas parte do reajuste para que a demanda do produto ou serviço não diminua, o que resulta em uma margem de lucro menor.

“Existe uma série de fatores de planejamentos de longo prazo que não foram cumpridos pelo Estado, como a diversificação da matriz energética do país”, disse.

Motivo do aumento

Segundo a CPFL, o aumento levou em conta planilhas apresentadas pelas concessionárias que alegaram que, por conta da estiagem no último inverno, quando choveu pouco e muitos reservatórios ficaram abaixo do nível, foi necessário recorrer às usinas termelétricas.

Para comprar a energia dessas termelétricas, as concessionárias pagam mais caro do que a energia gerada nas hidrelétricas.

A alta do dólar também foi um fator importante, já que as concessionárias compram energia da usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do país, e que é binacional, portanto a energia é cotada em dólar. Além do reajuste, as contas seguem com a bandeira vermelha, que é o alerta para a conta mais alta.

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