O projeto do novo corredor rodoviário que ligará os portos de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul e Itajaí aos portos chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta, promovido pelo governo Lula, tem gerado críticas de especialistas em infraestrutura e logística. A iniciativa, prevista para ser concluída em 2026 com investimento de R$ 19 bilhões, promete reduzir o tempo de exportação para a China em até 12 dias e cortar os custos logísticos em até 90%, segundo o governo.

No entanto, especialistas contestam a viabilidade econômica da rota rodoviária para longas distâncias, defendendo o uso de ferrovias e hidrovias como alternativas mais eficientes e baratas. Estudo da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) aponta que o transporte rodoviário representa até 75% do custo total para exportar soja até a Ásia. Além disso, a travessia da Cordilheira dos Andes e os processos alfandegários em múltiplas fronteiras podem aumentar os custos e os prazos logísticos.
Embora o governo defenda a integração comercial com os países vizinhos, especialistas alertam que o Brasil, ainda carente de investimentos em infraestrutura ferroviária, pode estar apostando em um modelo ultrapassado e pouco competitivo. A escolha por estradas para o escoamento de exportações reacende o debate sobre prioridades e eficiência na logística nacional.
Com informações da CNN Brasil e Veja.