Corrida de Aleluia 1975. Escala de trabalho com fiscais de percurso, funil de chegada e cronometristas – O Democrata

Será disputada neste sábado (19 de abril, às 17h45) a 77ª Corrida de Aleluia pelas ruas centrais de São Roque. Considerada uma das provas mais tradicionais do Brasil, ocorre desde 1938, com a primeira edição vencida por Santafé Graf de Oliveira (Clube Ítalo-Brasileiro de Caieiras). Ao longo de quase 100 anos de história, apenas uma vez a prova foi vencida por um são-roquense. Em 1939, João de Candinha (Bandeirantes Futebol Clube, do Bairro do Marmeleiro) entrou para a história do esporte da cidade, além de conquistar outros resultados expressivos na própria corrida e até mesmo na São Silvestre.

Presidente da Federação Paulista de Atletismo, Edwald Gomes da Silva, “vistoriou e aprovou o novo traçado do percurso da maior prova pedestre do interior paulista”, destacou o Jornal O Democrata

O Arquivo Vivo destaca a 28ª Corrida de Aleluia, disputada há 50 anos (29 de março de 1975). A tecnologia deixou tudo mais fácil: o chip carregado pelos corredores define as classificações de todas as categorias com rapidez e eficiência — desde que tudo esteja corretamente programado. Até mesmo em provas recentes, houve demora para definir as premiações, em razão do grande número de categorias e a validação dos resultados pela Federação Paulista.

Em 1975, o jornal O Democrata destacou como a prova era organizada pela Comissão Municipal de Esportes, presidida por Donaldo Lopes, em parceria com a Federação Paulista de Atletismo. A escala de serviços apresentava as diversas funções desempenhadas por colaboradores e autoridades. O prefeito Jarbas de Moraes foi o responsável pelo tiro de partida — uma tradição mantida até hoje, embora atualmente seja usada uma buzina.

O Democrata (22 de março de 1975), uma semana antes da prova, trouxe detalhes da Corrida de Aleluia, inclusive a escala dos colaboradores definida pela Comissão Municipal de Esportes

Recepção: Moacir Nagib dos Santos, Benedito Didi Pereira (Itu) e João Genari. Inscrição: Antonio Santo Pocciotti, Renato Rossini e João Pocciotti. Chamada dos atletas: Jamil Assad Salim, Renato Mendes Júnior, Paschoal Rabechini e Antonio Nardelli. Corta-vento (pessoas que tinham a missão de abrir caminho para os corredores, principalmente em trechos de ruas estreitas e no funil de chegada; sem relação com as blusas conhecidas hoje por esse nome): José Henrique Campos de Oliveira, Francisco Salgueiro, e carro da Polícia Rodoviária com seus membros. Funil de chegada: Tarquínio Alves de Lima, Santi Pegoretti (Jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba) e Caetano Forti. Cronometristas: designados pela Federação Paulista de Atletismo, além de José Ribeiro da Silva, Geraldo Ribeiro Lopes, Victor Fernandes da Silva e Victor José Maraccini.

A fiscalização do percurso era uma das funções que exigia mais atenção, para evitar que algum atleta cortasse caminho. Nesse período também era comum o uso de senhas, nas quais o atleta precisava depositar um papel com o número de inscrição em alguns pontos do trajeto. A conferência dessas senhas era feita no momento da classificação final. Fiscais de percurso: Alfredo Francisco Carlassara, Daniloy Figueiredo, Osvaldo Cézar, Darcy do Carmo, Julio Potiens, Ademir do Carmo, Dimas Rocha Camargo, Wilson Setter (Maurinho), José Rosa (Zé Rico), Fernando de Castro, Amaral Marques, Ede Luiz Alonso, Geraldo César, Paulo Rocha Camargo, Ariovaldo Cézar, José Roberto Calvo de Castro (Roberto da Farmácia São José), Wolney Cerdeira, Marco Antonio Oliveira, Durval Lessa, Gastão de Oliveira, Afonso Marques e Djalma Lessa.

Cobertura completa da Corrida de Aleluia de 1975 no Jornal O Democrata (5 de abril de 1975)

Antecipadamente também foram divulgados os responsáveis pela classificação e entrega de prêmios, designados pela Federação Paulista de Atletismo e os senhores Donaldo Lopes, Renato Mendes Júnior, Alfredo Francisco Carlassara, Antonio Santo Pocciotti, José Ribeiro da Silva, Renato Rossini, Antonio Nardelli Neto, Ede Luiz Alonso, Victor Fernandes da Silva e Victor José Maraccini.

A Corrida de Aleluia de 1975 foi vencida por Benedito Rubens da Silva Porto, corredor avulso do Segundo Batalhão da Guarda do Exército (São Paulo). Renato Ferreira Gomes (G.R. Carambeí) foi o primeiro são-roquense a entrar no funil, conquistando “um riquíssimo troféu, oferta do Salão Imperial”, destacou O Democrata. Durante a entrega dos prêmios, foram homenageados com medalhas de bronze banhadas a ouro alguns dos idealizadores da Corrida de Aleluia: Vasco Barioni, Alfredo Boschetti, Júlio Boschini, José Carlassara Júnior, José Maria Dias Borba, João Gennari, Fausto Sebber e Álvaro Cristanelli.

“Outra homenagem que deixou a todos emocionados esteve voltada para o popular João Candinha, único são-roquense vencedor da Corrida de Aleluia em 1939, que recebeu um troféu das mãos do prefeito Jarbas de Moraes.” Troféu também foi entregue a José Ghissardi Júnior (Pica-Fumo) pelo trabalho de divulgação da prova no jornal O Democrata e por receber as inscrições na redação do jornal, do qual foi funcionário e colunista por vários anos.

Vander Luiz

Jornal O Democrata São Roque

Fundado em 1º de Maio de 1917

odemocrata@odemocrata.com.br
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 04
Centro - São Roque - SP
CEP 18130-070
Copyright 2025 - O Democrata - Todos os direitos reservados | Política de Privacidade
Os textos são produzidos com modelo de linguagem treinado por OpenAI e edição de Rodrigo Boccato.