Divisão de Cultura sob nova direção: Emir Bechir assume e fala sobre experiências e projetos para a pasta | Cultura

A Divisão de Cultura de São Roque está, mais uma vez, sob nova direção. Após a passagem de Mari Dineri e Marquito Villaça pela pasta na gestão de Cláudio Góes, e ambos pedirem a própria saída, é a vez de Emir Afonso Garcia Bechir ocupar a cadeira de chefe de Cultura.

Aos 64 anos e com vasta experiência na área, Emir já trabalha na Divisão de Cultura, a frente de diversos projetos, há mais de um ano e meio. Antes foi assessor de Imprensa do prefeito Cláudio Góes. Em entrevista exclusiva ao O Democrata, compartilhou as experiências com a cultura e falou sobre as perspectivas para a pasta. Confira.

O Democrata – Qual a sua experiência na área da Cultura? Por quanto tempo atuou e onde?

Emir Bechir Minha experiência é vasta e remonta desde minha infância, nos saraus culturais que eram realizados na casa da minha família. Na escola estadual em que estudei fui presidente do Grêmio Estudantil por dois mandatos na década de 70, tive a oportunidade de comandar o projeto da Fanfarra do Instituto de Educação Ernesto Monte, que tinha aproximadamente 180 componentes. Ainda neste período tive a oportunidade de promover saraus culturais, exposições artísticas e principalmente fomentar a cultura, através de festivais teatrais e musicais. Já no cursinho tive a oportunidade de participar do Grupo Teatral Momento, dirigido por Paulo Roberto Alves Neves, aliás, grupo do qual foi revelado o ator global Edson Celulari. Também participei como ator das peças teatrais “O Assalto” e “A Ceia dos Cardeais”. Na faculdade sempre participei da vida cultural e mais tarde quando comecei a lecionar história em alguns colégios de São Paulo, tive a oportunidade de formar e conduzir vários grupos teatrais e musicais em todos os colégios que trabalhei na capital paulista. Em São Roque tive a oportunidade de participar como um dos fundadores do projeto da Rádio Estância, que muito contribuiu para a cultura em nossa cidade, não só divulgando, como também produzindo uma série de shows musicais em São Roque.

Também em 1999, ao lado de Rogério Paniagua tivemos um Projeto de Circo aprovado pela Linc no valor de R$ 120.000,00, mas infelizmente tal projeto não foi desenvolvido, pois não conseguimos a contrapartida do poder público municipal.

O Democrata – Como foi decidida essa indicação? O Marquito foi quem pediu a exoneração?

Emir Bechir Minha indicação foi decidida em um convite feito pelo prefeito Claudio Góes, após o pedido de exoneração feito pelo Marquito.


O Democrata – Entre os projetos já existentes, em quais você teve participação direta para que fossem conquistados?

Desde que vim para a Divisão de Cultura em abril do ano passado, participei de vários projetos, dentre os quais o Projeto de Cinema Pontos Mis, que atendeu mais de 9 mil alunos da Rede Municipal de Ensino nesse período. Também participei da organização de várias exposições ao lado da equipe da Cultura, do Dezembro Cultural realizado o ano passado em parceria com a Associação Comercial. Colaborei também na organização do Carnaval 2019 e, principalmente, na realização do Brasital Arte Show, em setembro último, evento que contou com a participação de mais de 53 atrações em vários segmentos de artes, como Teatro, Cinema, Circo, Música, Capoeira, Dança e exposições de artes plásticas, e contou com a exposição de quadros de 19 artistas são-roquenses e também Darcy Penteado e Lasar Segal.

Também sou responsável pela coordenação junto a Divisão da Fanfarra Municipal Schoenacker, tricampeã estadual. É importante ressaltar que o projeto de cinema Pontos Mis em São Roque foi considerado de excelência, entre as 117 cidades participantes pelo Museu da Imagem e do Som.

O Democrata – Qual é o panorama atual da Cultura na cidade? Como o público tem se integrado a eles?

Emir Bechir – São Roque tem um imenso potencial cultural com grande número de grupos e pessoas que cultuam e praticam a arte e fazem da Terra do Vinho um lugar ideal para o desenvolvimento dessas atividades. Para se ter uma ideia, o Brasital Arte Show teve um público de mais de 4 mil pessoas nos 10 dias de evento. O público tem recebido muito bem os eventos realizados pela Divisão de Cultura.

O Democrata – O que ainda precisa e pode ser melhorado, na sua opinião?

Emir Bechir – O incentivo aos artistas para que possam produzir arte, pois sem o poder público fica difícil captar dinheiro para realizar atividades culturais, ainda mais em uma cidade com poucas empresas com potencial para investir na área.

O Democrata – Haverá alguma mudança em outros cargos da Cultura?

Emir Bechir – Não. A equipe será a mesma, o que faremos será uma pequena mudança na forma de fomentar as atividades culturais, sempre de encontro as diretrizes do Plano Municipal de Cultura e o Programa de Governo do prefeito Claudio Góes para o setor.

O Democrata – Como novo gestor da Cultura quais são suas expectativas, projetos em mente, o que podemos esperar do novo diretor?

Emir Bechir – Pretendo trabalhar 24 horas por dia pela cultura são-roquense, não só produzindo, mas também fomentando, dando oportunidades e principalmente, ouvindo democraticamente todos aqueles que trabalham pela cultura em nossa cidade. Projetos, vamos tocar os que foram definidos dentro do nosso planejamento para este ano. No ano que vem, vamos desenvolver atividades que privilegiem os bairros mais afastados, sem esquecer evidentemente da nossa Brasital que é nosso espaço mais importante.

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