O Processo | Cultura

Dirigido pela diretora Maria Augusta Ramos e produzido pela notória emissora esquerdista Canal Brasil, O Processo é um filme que acidentalmente revela muito mais do que gostaria de mostrar a princípio. Se o espectador resistir a vontade de vomitar ao ver figuras como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffman e Lindbergh Farias em uma tela grande, poderá apreciar uma importante obra cinematográfica, que revela detalhes importantes acerca do impeachment e do Partido dos Trabalhadores.

O filme se inicia com uma imagem aérea de Brasília, mostrando manifestantes de diferentes lados no dia da votação do impeachment, na câmara dos deputados. Tal escolha possui o nítido objetivo de apresentar um país dividido, essa ideia seria facilmente aceita pelo público, caso não fosse de notório conhecimento que os manifestantes trajados de vermelho, contrários ao processo, estivessem ali sob pagamento, comando e a ameaça dos sindicatos e dos movimentos ditos sociais.

Com aproximadamente duas horas e meia de duração, a obra divide-se basicamente entre as reuniões da cúpula do PT e os acirrados (para não dizer grosseiros) embates na câmara. Seguindo a ordem cronológica dos fatos, o filme nos faz relembrar do quão demorado e dispendioso foi esse processo para o povo brasileiro, que assistia enojado ao espetáculo da baixaria e da canalhice, que se arrastou por quase um ano. O filme foi extremamente honesto e corajoso ao mostrar as conversas internas da cúpula petista, que em seus círculos particulares confessavam uns aos outros que estavam ali apenas para atrasar os trabalhos da casa e que não seria bom para o país que Dilma Rousseff continuasse a ocupar a presidência, já que não haveriam condições de se governar o país.Acontece que quando se trata do PT ou de qualquer outro movimento revolucionário, a mentira a encenação são tão naturais quanto respirar. Ao sair de suas reuniões internas, os membros da seita logo assumiam a personalidade de guerreiros da verdade e da justiça, que para barrar o processo, recorriam a procedimentos tão baixos quanto ridículos, que incluíam tumultos, difamações e fúteis interrupções por questões de ordem.

O filme mostra muito mais do que gostaria no momento em que ele permite que o espectador identifique as expressões psicopáticas de Gleisi Hoffman, que no decorrer da obra, mostra todo seu cinismo e frieza, sem qualquer constrangimento ou remorso. Também é muito reveladora a cena em que a senadora passa instruções para um “jornalista” do UOL, mesmo com o conteúdo da conversa não tenha sido revelado. Outra cena de enorme importância e que não deveria passar despercebida pelos espectadores, é a presença de uma jornalista francesa em uma das reuniões, no decorrer da conversa, a profissional da comunicação (ou da engambelação) revela sua frustração da imprensa europeia não dar a atenção devida ao que ela chama de golpe, mesmo apesar do esforço de seus colegas. Isso comprova mais uma vez, o caráter internacional e unitário do movimento comunista.

As palhaçadas de José Eduardo Cardozo também dão um toque especial ao longa. O advogado geral da União, que movido pelas circunstâncias acabou por tornar-se o advogado geral do PT sofre para elaborar uma defesa plausível, mas isso não o impede de comunicar-se usando patéticas expressões em inglês ao mesmo tempo em que torce para que sua dentadura não caia. A ex-presidente Dilma também enriquece o filme com sua participação. Como era de se esperar, ela protagoniza mais uma cena constrangedora, insistindo em falar “portunhol” com um simpatizante estrangeiro.

Como todo bom filme precisa de um antagonista, esse não poderia ser exceção. O papel em questão foi designado para brilhante advogada Janaína Pascoal, que sob uma chuva de ofensas e armadilhas colocou a quadrilha vermelha em seu devido lugar. A superioridade moral e intelectual dela era tão evidente, que nenhuma mentira ou montagem pôde destruí-la.

Por fim, recomendo imensamente que você assista ao documentário O Processo, trata-se de um importante registro histórico de um dos fatos mais importantes da história de nosso país. Um episódio doloroso, mas necessário.

 

 

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