Storytelling é tendência em vídeos de casamento | Cultura

Receber um convite para assistir a um vídeo de casamento pode ser um  programa mais legal do que você imagina. Foi-se o tempo em que você passava uma hora em frente à televisão para assistir à cerimônia religiosa quase na  íntegra, e todas aquelas cenas clichês que acontecem neste tipo de festa. O *storytelling*, palavra em inglês que significa capacidade de contar  histórias relevantes está invadindo as produções de vídeo de casamento, e transformando a forma de fazer – e também de assistir – esses vídeos.

Quem aposta nesta tendência é a Nano Filmes, empresa que há 7 anos atua em Sorocaba, interior de São Paulo. A equipe vai muito além da gravação do dia do casamento: eles se especializaram na arte de contar histórias reais onde os casais são os protagonistas em uma produção dinâmica, com técnicas utilizadas em cinema.

Os proprietários da produtora, Gabriel Casagrande e Larissa Andressa explicam que as histórias dos casais contadas nos vídeos são construídas semanas, ou até meses antes do casamento. “Já tivemos noivas que costuraram seu próprio vestido, ou que junto com as madrinhas, fizeram a decoração da própria festa. Tudo isso é história para contar. E se é história, a gente coloca no vídeo”, conta Gabriel.

É por isso que as cenas da confecção das lembrancinhas do casamento da  fotógrafa Bruna Ferreira, de 24 anos, foram parar em seu vídeo. Ela e seu noivo, José Roberto, quem produziram, um a um, os vasos com suculentas entregues aos convidados. “Eles gravaram todo o trabalho de confecção dos vasinhos e foi muito bacana porque não houver interferência em nada do que fazíamos ou falávamos”, conta Bruna.

Um dos vídeos mais marcantes para Gabriel foi a de um casal, cuja noiva descobriu a gravidez durante o planejamento da festa. A produtora, então, registrou a ida do casal para fazer o ultrassom.

O próprio pedido de casamento já foi o enredo principal de um vídeo. O músico Dirceu Marques Junior, de 34 anos, reuniu amigos e preparou uma serenata para a esposa, a maquiadora Luciana Bortoline Leite, de 29 anos. “A Nano acompanhou a surpresa e conseguiu captar a emoção daquele momento. Ao  assistir o vídeo, percebi que representou exatamente como foi”, relembra
Luciana.

Além de acompanhar momentos como esses na vida dos noivos, a forma de trabalhar durante as festas também obedece a alguns critérios, como o de não combinar poses. Larissa Andressa explica que ao posicionar a câmera um pouco mais longe é possível captar momentos de abraços e conversas de forma natural. “Nada é combinado. Não tem fake e não tem pose”, resume Larissa.

Entre as técnicas utilizadas estão a proporção de enquadramento e de tempo, imagem e cor, movimento de câmera, e outras linguagens técnicas que são traduzidas em emoção e sensação na hora de captar e editar as imagens.

Outro ingrediente importante é a duração dos filmes, que não passam de 25 minutos. A equipe também se especializou em editar e veicular o vídeo durante a festa, o que contribui para aumentar o clima de emoção. Dessa forma, o tempo nesse curta-metragem de amor passa a ser imperceptível diante de um conteúdo dinâmico e real. “Não é um vídeo enjoativo, que você
quer que acabe logo. Na verdade, você assiste várias vezes e se emociona em  todas elas”, completa Luciana.

Como no cinema, assistir a um vídeo de casamento pode ser muito chato ou muito interessante. Isso dependerá – e muito – de como essa história será contada e transmitida ao público.

Universo empresarial
Mas o *storytelling* não está presente apenas em vídeos de casamento. É cada vez maior o número de empresas que tem apostado nessa linha editorial em vídeos institucionais para engajamento de seus públicos internos e externos.

A Nano Filmes levou a técnica de contar histórias para as empresas, e hoje atende clientes como a Wella Brasil e Internacional, o shopping  Iguatemi-Esplanada, a Unimed Sorocaba, GSK, Etirama, entre outras empresas. “A gente produz o vídeo como se fosse um dos participantes do evento, trazendo o olhar de quem estava lá, contando a história do que aconteceu ali dentro”, explica.

Para Gabriel, vídeos institucionais que fogem da tradicional dupla “câmera-tripé” tendem a gerar muito mais compartilhamento nas redes sociais e motivação entre colaboradores. “Seja uma confraternização, um treinamento ou uma palestra. Vídeos com uma pegada mais natural fazem com que os funcionários e os participantes compartilhem e mostrem o quanto é legal trabalhar naquela empresa”, finalizou.

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