Venom: Ruim, Mas Divertido | Cultura


Desde que o escalador de paredes fez sua estreia nos cinemas em 2002, seus fãs esperam ansiosamente por uma digna aparição de Venom, um dos principais antagonistas do cabeça de teia. O ano de 2007 chegou e com ele, o lamentável filme Homem-Aranha 3. Não é nem preciso dizer o quanto essa obra decepcionou aos leais fãs (eu incluso). Finalmente, estamos em 2018, e o ano que prometia tantas mudanças de rumo, também prometia um filme incrível do simbionte. Infelizmente, não foi isso que ocorreu.

Estrelado pelo inigualável Tom Hardy, a quem eu enxergo como um Vin Diesel que sabe atuar (desculpe Vin), o filme solo de um dos vilões favoritos da Marvel nos fez crer que assistiríamos a um filme adulto, sombrio e violento. Acontece que por mirar também no público infanto juvenil e estabelecer uma censura de 13 anos, o estúdio entregou um filme de ação pastelão, bem diferente do universo sombrio que o vilão merecia e que os fãs desejavam.

Tudo bem, sabemos que o Homem-Aranha pertence a Disney agora, mas mesmo assim, é muito difícil de aceitar um filme sobre um vilão, sem a presença do herói. Além disso, o personagem acabou sendo totalmente esvaziado, tornando-se quase irreconhecível. Em nossos queridos quadrinhos, Eddie Brock é um fotógrafo inescrupuloso, mas religioso, criminoso, mas com princípios, são essas contradições que fazem dele um personagem rico e fantástico. Em Venon, Eddie é apenas um excelente profissional, um repórter de verdade, que só se mete em encrencas porque exerce a sua profissão como deveria. Na história que conhecemos, o simbionte (aquela gosma preta que o transforma no vilão) se une a Brock, pois ambos odeiam Peter Parker (Homem-Aranha), no filme, o simbionte apenas simpatiza com Brock e apenas isso motiva esse “casamento” e a decisão de salvar o mundo. Resumindo, o roteiro é faco.

Mas não precisa desabar em lágrimas, o filme consegue ser divertido e você não sentirá que perdeu tempo. Os efeitos especiais são bem medíocres, mas o visual do protagonista compensa isso. A atuação de Tom Hardy nunca desaponta e aqui temos a rara oportunidade de vê-lo interpretar um sujeito em pânico. A cena pós créditos compensa o filme inteiro. Por fim, apenas vá no cinema e tente aproveitar.

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