Dirofilariose: o perigo silencioso transmitido por mosquitos aos cães, gatos e humanos – O Democrata

Estamos na primavera — estação marcada por temperaturas mais altas e maior umidade, o que favorece a proliferação de mosquitos. Espécies como o mosquito da dengue, o pernilongo e o mosquito-prego representam uma ameaça não apenas à saúde humana, mas também à de cães e gatos.

O que é a Dirofilariose

A Dirofilariose é uma doença transmitida pela picada de mosquitos infectados por um verme conhecido como “verme do coração”. Durante a picada, as larvas do parasita são introduzidas no organismo do animal por meio da saliva do mosquito.

Após a infecção, essas larvas migram para os vasos sanguíneos, onde se desenvolvem e se tornam vermes adultos. Eles passam a viver no coração, nos pulmões e nos grandes vasos sanguíneos, onde se reproduzem e causam alterações cardíacas graves, que afetam todo o corpo do animal — podendo levar à morte.

Ciclo da doença

Depois que o cão é infectado, o período de incubação até que as larvas se tornem vermes adultos leva cerca de seis meses. Esses vermes podem viver de cinco a sete anos nos cães. Por seu desenvolvimento lento e silencioso, os sintomas geralmente aparecem apenas em estágios avançados.

Sintomas da Dirofilariose em cães

Os sinais clínicos incluem:

  • Tosse persistente;
  • Fadiga;
  • Respiração acelerada e curta;
  • Diminuição do apetite;
  • Perda de peso;
  • Falta de disposição para brincar ou realizar atividades físicas;
  • Sons anormais na respiração e no coração.

Com a progressão da doença, o animal pode apresentar insuficiência cardíaca e inchaço abdominal devido ao acúmulo de líquido no abdômen. Em estágios mais avançados, o fluxo sanguíneo no coração pode ser bloqueado, causando dificuldade para respirar, urina escura e gengivas pálidas.

Tratamento

O tratamento é individualizado, variando conforme o estágio da doença. São utilizados antibióticos e medicamentos específicos para eliminar larvas e vermes adultos.
Nos casos em que o coração já foi afetado, o animal precisará de tratamento cardíaco contínuo e, em muitas situações, uso de medicamentos por toda a vida.

Risco para humanos

A Dirofilariose pode ser transmitida para humanos. Se um mosquito infectado picar uma pessoa, há risco de contaminação. Por isso, é essencial controlar a população de mosquitos e adotar medidas preventivas para proteger animais e pessoas.

Dra. Bruna, Médica Veterinária – Foto: Divulgação

Prevenção e controle

Para reduzir o risco de infecção, siga estas recomendações:

  • Elimine locais com água parada, como recipientes, pneus velhos, vasos de plantas e calhas entupidas;
  • Mantenha garrafas viradas com a boca para baixo e a área ao redor da casa limpa e organizada;
  • Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
  • Lave com escova os potes de água dos animais;
  • Mantenha o ambiente dos pets limpo e sem lixo acumulado;
  • Coloque areia nos vasos de plantas;
  • Evite passeios em áreas de risco no início da manhã e no final da tarde, períodos de maior atividade dos mosquitos;
  • Mantenha portas e janelas fechadas nesses horários;
  • Corte a grama e apar as plantas regularmente;
  • Remova folhas caídas, madeira em decomposição e comida de animais deixada ao ar livre;
  • Instale telas em portas e janelas;
  • Use repelentes específicos para cães e gatos, como coleiras e pipetas antiparasitárias.

A prevenção é o meio mais eficaz de proteger cães, gatos e humanos contra a Dirofilariose.

Dra. Bruna – Médica Veterinária
Instagram: @bruupett

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