O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou como “arbitrária e criminosa” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio de suas contas bancárias no Brasil. Segundo o parlamentar, ele só tomou conhecimento da medida ao tentar realizar duas transferências via Pix, sem sucesso.
No mesmo dia, durante participação no podcast Inteligência Ltda., Eduardo e o comentarista Paulo Figueiredo discutiram possíveis sanções internacionais contra Moraes. A dupla mencionou a possibilidade de o ex-presidente Donald Trump aplicar a Lei Global Magnitsky ao ministro do STF, em razão de supostas violações de direitos humanos. Caso isso ocorra, Moraes poderia ter seus ativos bloqueados no exterior e ficaria impedido de fazer negócios com empresas americanas ou com sede nos Estados Unidos.
Além do ministro, Figueiredo sugeriu que a esposa de Moraes, Viviane, e seus empreendimentos também estariam entre os alvos de possíveis punições. A conversa especulou ainda uma escalada dessas sanções a outros membros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, até que o Judiciário brasileiro fosse “asfixiado financeiramente”.
Apesar de concordar com parte das avaliações do colega, Eduardo Bolsonaro foi mais cauteloso e reforçou que quaisquer decisões cabem exclusivamente ao presidente dos EUA. O parlamentar afirmou manter contato com autoridades americanas, inclusive com pessoas que frequentam o Salão Oval, mas evitou citar nomes por questões de segurança e estratégia. Questionado sobre eventuais impactos negativos ao Brasil, Eduardo respondeu que “não existe comércio numa ditadura”.
Com informações do g1 e Metrópoles.