O programa “Crédito do Trabalhador”, que permite a trabalhadores formais do setor privado utilizarem o FGTS como garantia para empréstimos consignados, registrou mais de 40 milhões de simulações e 11 mil contratos fechados desde sua liberação na última sexta-feira (21). Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

As simulações e contratações foram realizadas por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que teve um aumento expressivo de acessos – cerca de 12 vezes mais do que o habitual. Durante o período, 4,5 milhões de propostas de crédito foram apresentadas.
Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 de abril, a medida provisória que criou o programa é voltada a trabalhadores com carteira assinada (CLT), incluindo empregados domésticos, rurais e de MEIs. A proposta é baratear o crédito e fomentar a economia, embora especialistas alertem sobre o risco de endividamento.
As parcelas do empréstimo são descontadas diretamente no salário do trabalhador, e a prestação mensal não pode ultrapassar 35% da renda. Para facilitar a análise de propostas, o programa permite a consulta em mais de 80 instituições financeiras habilitadas.
A partir de 25 de abril, todas as plataformas digitais dos bancos estarão autorizadas a ofertar a linha de crédito. O acesso às informações via e-Social permitirá maior agilidade e avaliação de risco por parte das instituições financeiras.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recomendou cautela aos trabalhadores, sugerindo que aguardem pelo menos 24 horas antes de fechar um contrato, para comparar as taxas de juros e garantir melhores condições.
Dicas para contratar o consignado com segurança:
- Compare as ofertas disponíveis no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
- Avalie as taxas de juros e escolha a opção mais vantajosa.
- Certifique-se de que a parcela mensal não comprometa sua saúde financeira.
Este programa representa uma alternativa acessível para trabalhadores formais, mas requer análise cuidadosa para evitar complicações financeiras no futuro.